3 métodos para tornar seus estudos mais eficientes

Professor ensina como adotar técnicas por peso, incidência e dificuldade de cada disciplina

  • Por EdiCase
  • 10/07/2023 11h00 - Atualizado em 10/07/2023 11h30
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Ciclos superpower, power e light podem tornar o aprendizado mais fácil Ciclos superpower, power e light podem tornar o aprendizado mais fácil Imagem: Have a nice day | ShutterStock

A preparação para o exame de ingresso no ensino superior envolve uma extensa lista de matérias a serem estudadas. No entanto, é impraticável dedicar a mesma quantidade de tempo de estudo para cada uma delas.

Por isso, o professor e biólogo Paulo Jubilut, fundador da plataforma digital de educação Aprova Total, especializada na preparação de alunos para o Enem e vestibulares, explica que há ciclos de estudos específicos para cada tema com base no peso, incidência e dificuldade (PID). “Com o PID, o estudante sabe quanto tempo dedicar a cada assunto a ser estudado”, diz o especialista.

Para encontrar o peso, o estudante precisa avaliar o edital do vestibular da faculdade para o curso desejado e encontrar o peso de cada matéria. Já a incidência é um levantamento de quantas vezes um assunto caiu nos últimos 10 anos no vestibular. “Se na última década caiu pelo menos sete vezes, a incidência é alta. Entre quatro e seis vezes, a incidência é média, e de três para baixo a incidência é pequena”, explica Jubilut.

Temas com mesmo peso e incidência

A dificuldade das matérias é uma variável individual para cada aluno. “Se o estudante tem problemas para aprender matemática, é preciso dedicar um tempo maior aos assuntos da disciplina. Esse critério serve como desempate quando os temas do dia a serem estudados possuírem o mesmo peso e incidência“, reforça o professor.

Uma vez que o PID está definido, é o momento de partir para os ciclos de estudo: o Super Power, o Power e o Light. “O tempo é precioso na jornada para o vestibular. Saber quanto dedicar e como estudar as disciplinas de acordo com o grau de peso, incidência e dificuldade, potencializa as chances de aprovação”, afirma Jubilut.

Superpower

O ciclo de estudo superpower é aplicado em assuntos com peso, incidência e dificuldade altos. Com duração de três a cinco horas, podendo levar até 10 horas, é direcionado para temas extremamente importantes. O ciclo deve seguir o seguinte fluxo: livro didático, pré-exercícios, aula, caderno, pós-exercícios, resumo e método R7 (revisar sete vezes).

“Começa com a leitura ativa do assunto no livro didático. Depois é a vez dos exercícios pré-aula, cerca de cinco questões de nível fácil a médio. Ao finalizar, é momento de ver a aula ativamente, fazendo anotações no caderno. Ainda há mais uma leva de 20 a 30 exercícios pós-aula, em que 20% devem ser discursivos”, explica Jubilut.

“Para terminar, organize o resumo para revisão, com foco no que mais caiu nos exercícios — vale até gravar um podcast! O ciclo Superpower se finaliza depois de programar sete revisões para o assunto”, acrescenta o professor.

Cada técnica demanda um tempo de dedicação do aluno (Imagem: Drazen | ShutterStock)

Power

O ciclo power é dedicado aos assuntos com baixo peso, mas alta incidência. Geralmente dura de uma a três horas e segue o seguinte fluxo: pré-exercícios, aula, caderno, pós-exercícios, resumo e método R7. Por isso, Jubilut sugere:

  • Escolha cinco exercícios pré-aula de fácil a médio nível;
  • Confira a aula de maneira ativa, com o caderno ao lado;
  • Mantenha a mente focada na aula, consciente das partes que precisam de mais atenção;
  • Resolva os exercícios pós-aula do livro didático, cerca de 15 a 20 questões com 20% de discursivas;
  • Realize as questões de vestibulares, começando pelas fáceis, depois as médias e finalizando com as difíceis;
  • Faça um resumo dos principais tópicos abordados nos exercícios.

Light

O light é o ciclo de estudo para assuntos com alto peso e baixa incidência. “Deve durar no máximo uma hora. O estudante começa pela aula, com anotações no caderno, e deve fazer em torno de 10 exercícios. A revisão desses assuntos será pelos simulados e não pelo método R7, de revisar sete vezes”, conclui o professor.

Por Juliana Souza

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