5 estratégias para o avanço das mulheres no ambiente corporativo

Veja como a igualdade de gênero no trabalho pode gerar benefícios sociais e econômicos

  • Por EdiCase
  • 30/10/2023 14h00 - Atualizado em 30/10/2023 19h36
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É necessário que as empresas apoiem políticas públicas que assegurem verdadeiramente os direitos das mulheres É necessário que as empresas apoiem políticas públicas que assegurem verdadeiramente os direitos das mulheres Imagem: Monkey Business Images | Shutterstock

A busca por igualdade de gênero no ambiente corporativo é algo que permanece relevante e crucial atualmente. Embora progressos significativos tenham sido feitos, as mulheres continuam a enfrentar desafios e desigualdades no mundo profissional.

Segundo pesquisa de 2020, da Bloomberg Economics, se as oportunidades de trabalho e educação disponíveis para as mulheres se equiparassem com as dos homens, isso resultaria em um acréscimo aproximado de 20 trilhões de dólares ao PIB global até 2050.

A questão de igualdade de gênero deve ser encarada como um desafio para todos: sociedade, lideranças corporativas e gestores públicos. Por isso, a seguir, confira cinco estratégias para melhorar o futuro para as mulheres!

1. Incentivar a participação feminina no ambiente corporativo e principalmente em cargos de liderança

É necessário que as empresas tenham um olhar atento sobre a participação feminina. Os gestores e CEOs podem dar preferência para contratar mulheres para os postos de trabalho, principalmente, em cargos de liderança. Isso porque ter mulheres nos times profissionais é mais do que uma questão de garantir igualdade de gênero, é vantajoso economicamente para as corporações.

Conforme uma pesquisa recente da McKinsey, que entrevistou mais de mil empresas em 12 países, instituições com maior diversidade de gênero têm 21% a mais de chance de alcançar resultados acima da média do que empresas com menos diversidade.

2. Lutar por políticas públicas que defendam os direitos das mulheres

Entender que o problema da equidade de gênero é uma questão de todos nós como sociedade é o primeiro passo para lutar por um mundo mais justo, pois quando existem barreiras à educação e ao emprego das mulheres, todos pagam a conta. É necessário que as empresas apoiem políticas públicas que assegurem verdadeiramente os direitos das mulheres, já que as grandes companhias têm bastante influência entre os legisladores do país.

3. Possibilitar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

As empresas já descobriram que na equação do crescimento econômico, o capital humano é um fator essencial. As mulheres são parte importante dessa fatia, e é imprescindível tornar o ambiente mais saudável para que elas permaneçam no mercado de trabalho sem precisar sacrificar a vida pessoal.

Assim, as corporações precisam pensar em políticas como jornadas flexíveis de trabalho, benefícios exclusivos para mães e cuidadoras, licença maternidade adequada, e ações que envolvam a pauta da parentalidade, dentre outras.

Grupo de trabalho reunido e discutindo sobre algo
É importante que a empresa mantenha uma equidade de cargos e salários (Imagem: fizkes | ShutterStock)

4. Garantir equidade de cargos e salários

De nada adianta contratar mulheres ou colocá-las em cargos de liderança se os salários forem inferiores ao dos homens ocupando a mesma função. A empresa deve manter uma equidade de cargos e salários e adotar política de transferência de rendimentos, na qual os colaboradores têm acesso aos salários estipulados para os seus cargos, independente de gênero.

5. Gestão humanizada é o futuro e as mulheres estão à frente da mudança

As mulheres não estão apenas participando da mudança no mercado de trabalho, elas são a mudança. O mundo corporativo como conhecemos, pautado por valores como competição, hierarquia, ego e individualismo, está dando lugar a uma nova era, uma economia com as mulheres também no poder.

Os novos valores praticados no ambiente de trabalho são entendidos como socialmente mais femininos, sendo implementados por, não somente lideranças de mulheres, como também diversas, como a colaboração, empatia, cuidado e um olhar para as questões de sustentabilidade ambiental e saúde mental.

Por Carolina Gilberti

CEO da Mubius WomenTech Ventures, a primeira WomenTech do Brasil.

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