5 situações em que os dermocosméticos são realmente eficazes

Especialistas explicam como os princípios ativos dos produtos atuam beneficiando a pele

  • Por EdiCase
  • 28/11/2023 10h30 - Atualizado em 28/11/2023 11h06
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Ao cuidar da pele, é essencial combinar ações e produtos corretos Ao cuidar da pele, é essencial combinar ações e produtos corretos Imagem: Lyubov Levitskaya | Shutterstock

Enquanto alguns defendem a eficácia dos dermocosméticos faciais na redução de rugas e flacidez, outros argumentam que esses produtos são ineficazes. No entanto, a verdade parece estar em um ponto intermediário: eles desempenham um papel crucial na preservação da saúde da pele, mas a escolha cuidadosa desses produtos é essencial.

“Escolher seu skincare sozinha não é uma tarefa tão simples, já que você precisará ter em mente uma definição clara sobre a classificação do seu tipo de pele (seca, oleosa, mista, acneica ou sensível), ter noções sobre as suas oscilações de acordo com seu ciclo menstrual, seu nível de sensibilidade e também sobre as indicações dos principais ativos do mercado cosmético”, explica a Dra. Lilian Brasileiro, médica especialista em Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Pensando nisso, selecionamos 5 ações em que os dermocosméticos são realmente eficazes. Confira!

1. Hidratação

A hidratação é o mecanismo responsável por ajudar a manter a umidade natural da pele e a fortalecer a barreira de proteção contra agressores externos, como a poluição e o clima, segundo a Dra. Lilian Brasileiro. “Além disso, a hidratação adequada ajuda a melhorar a textura e a suavidade da pele, além de minimizar a aparência de poros dilatados e de irregularidades”, explica.

Para pele seca

Para quem tem pele seca, alguns ativos podem ser mais eficientes. “Quando a palavra de ordem for hidratação para pele seca, utilizamos grandes coringas, como a vitamina E, esqualano, ácido alfalipoico, aquaporinas, coenzima Q10, D-pantenol, gluconolactona, extratos de algas marinhas, óleo de rosa mosqueta, macadâmia e avocado. Sempre em veículos mais cremosos”, diz a profissional.

Para pele oleosa

Conforme a dermatologista, os ativos recomendados para peles secas também podem ser utilizados pelas oleosas, desde que sejam diluídos em veículos mais leves, como sérum, géis cremes ou loções. “A hidratação da pele é um cuidado essencial e até mesmo as peles oleosas necessitam de hidratação, para se manterem saudáveis e com aparência radiante. Quando a pele está desidratada, ela fica seca, áspera e pode apresentar sinais de envelhecimento precoce, como linhas finas e rugas”, acrescenta a Dra. Lilian Brasileiro.

Hidratação mais profunda

Ainda, a hidratação pode atingir camadas mais profundas, no caso de ativos como Hyaxel, um ácido hialurônico de baixo peso molecular vetorizado pelo silício orgânico. “Por estar num tamanho menor, ele consegue permear camadas mais profundas e, dessa maneira, melhora a auto-hidratação, além de estimular a renovação celular, com efeito anti-idade”, explica Maria Eugênia Ayres, farmacêutica e gerente técnica da Biotec Dermocosméticos.

2. Controle da oleosidade

As peles oleosa e mista (que apresenta maior oleosidade na zona T — queixo, nariz e testa) são as predominantes no Brasil. “Nessa pele, é necessário apostar em controladores da oleosidade e da acne; lançamos mão de produtos que contenham zinco, extratos de alecrim, ácido mandélico, ácido salicílico, green tea, peróxido de benzoíla e hortelã”, explica a Dra. Lilian Brasileiro.

Em conjunto com a limpeza e hidratação da pele, é importante usar ativos antioxidantes Imagem: popcorner | Shutterstock

3. Antioxidantes

Ativos antioxidantes como vitamina C, ácido ferúlico, OTZ 10, niacinamida, superox C, resveratrol e alistin são encarados como verdadeiros defensores da nossa pele. Atuam para neutralizar os radicais livres, que causam danos às células, culminando no aparecimento de rugas.

“Nosso organismo já conta com um sistema antioxidante endógeno, mas, por causa de um processo metabólico, nosso corpo produz mais radicais livres quando exposto aos raios UVA, UVB, à poluição e a outros hábitos ruins, como fumar, estresse constante e alimentação ruim. Então, o organismo não dá conta do recado. E é por isso que devemos usar esses ativos, tanto via tópica quanto oral (na alimentação e por suplementos)”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Se a opção for a vitamina C, escolha fórmulas que contemplem a estabilidade do ativo, como o ascorbosilane C. “Ele é uma vitamina C extremamente estável que é associada ao silício orgânico, o que possibilita que o ativo permeie as camadas mais profundas da pele e tenha uma ação mais efetiva e com menor chance de oxidação deste ativo na superfície cutânea. Sua ação na pele tem efeito rejuvenescedor e antioxidante”, afirma a farmacêutica Maria Eugênia Ayres.

4. Antimanchas

Nesse caso, segundo Patrícia França, farmacêutica e gerente científica da Biotec Dermocosméticos, o uso domiciliar de dermocosméticos é o pilar do tratamento de manchas. “As manchas são provocadas por fatores extrínseco e intrínsecos, provocados pelo sol, disfunções hormonais, gravidez, luz azul, que causam inflamações, aparecendo as indesejáveis manchas, sardas, mancha senis e melasmas”, diz.

Quimicamente, os despigmentantes (clareadores, antimanchas) atuam de diferentes formas. Uma delas é a uniformização do tom da pele a partir do aumento do transportador de vitamina C para o interior da célula; outro meio é inativando as enzimas envolvidas no processo de formação das manchas; eles também podem atuar inibindo o estímulo inicial, como no caso do protetor solar, que pode oferecer proteção química, física ou biológica.

“Quando a intenção for clarear as manchas, não abra mão dos despigmentantes, como o arbutin, ácido tranexâmico, a vitamina C, hidroquinona, belides e ácido kójico”, diz a Dra. Lilian Brasileiro.

5. Anti-inflamatória

Além da inflamação que conseguimos ver em casos de acne, dermatite, irritação e vermelhidão da pele, existe um processo inflamatório subclínico conhecido como inflammaging. “Esse é um conceito novo relacionado ao envelhecimento precoce ocasionado, entre outras condições, pela formação de radicais livres oriundos da exposição aos raios ultravioleta, poluição e alimentação rica em alimentos processados. Essas ações promovem um desequilíbrio entre os mecanismos pró e anti-inflamatórios do organismo, aumentando o status inflamatório contínuo e progressivo”, explica Patrícia França.

Nesse caso, os cremes com Silicium P são indicados. “Esse silício orgânico para uso tópico tem ação anti-inflamatória, cicatrizante e calmante. Ele ativa a biossíntese de colágeno em mais de 20%”, explica a farmacêutica. Além disso, com o passar dos anos, algumas células da pele perdem a capacidade de se dividir, mas isso não quer dizer que elas são inofensivas: elas secretam ativamente substâncias químicas que promovem inflamação e danificam as células vizinhas.

Por Paula Amoroso 

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