6 golpes comuns em crianças e idosos na internet
Especialista explica como proteger essas pessoas de criminosos em ambientes digitais
Com o avanço da tecnologia e a crescente presença da internet no cotidiano, crianças e idosos se tornaram alvos frequentes de golpes cibernéticos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos utilizando a internet aumentou significativamente, assim como o acesso de crianças e adolescentes à rede mundial de computadores.
Esse cenário, embora propicie uma maior conexão com familiares e amigos, também abre espaço para a atuação de criminosos digitais, como ressalta o especialista em segurança cibernética Longinus Timochenco, da Clear IT.
“Crianças e idosos possuem um comportamento similar na internet, eles acreditam nas informações que aparecem em suas redes sociais, o que fornece um mapeamento para o criminoso sobre a vida e os interesses daquele usuário, facilitando o acesso a dados pessoais e a aplicação de golpes”, afirma.
Diante desse contexto, torna-se essencial compreender quais são os golpes mais comuns direcionados a esses grupos vulneráveis e como podemos protegê-los. Confira a seguir!
Golpes mais comuns aplicados em crianças
Conheça, a seguir, quais são os golpes aplicados em crianças com mais frequência.
1. Cyberbullying
Por meio de perfis falsos, os criminosos espalham mentiras, notícias falsas ou imagens comprometedoras das vítimas, com objetivo de assustar ou envergonhá-las. Como reação, as crianças podem mudar o comportamento, tornando-se mais caseiras, ignorando contato com amigos e familiares e até mesmo desenvolvendo quadros de depressão.
“É importante que os pais estejam atentos ao comportamento, verificando principalmente mudanças abruptas, como estar mais caseiro ou sair mais e pedir dinheiro com frequência e sem motivo”, evidencia Longinus Timochenco.
2. Grooming
Este é um tipo de abuso em que um agressor constrói uma conexão emocional com uma criança online visando abusá-la sexualmente ou explorá-la de outras maneiras, explica o especialista. “É comum acontecer em redes sociais e plataformas de conversa, sendo necessária a supervisão dos pais para que a criança não seja exposta a conteúdos inapropriados para a idade”, recomenda Longinus Timochenco.
3. Roubo de identidade
Neste crime, os criminosos obtêm informações pessoais de crianças por meio de roubo de documentos, invasão de sistemas que armazenam informações do menor (como escolas ou agências governamentais), phishing (enviando e-mails fraudulentos ou mensagens de texto) ou mediante mídias sociais.
“A criança e os parentes ficam vulneráveis, uma vez que a imagem da criança pode ser utilizada para o falso sequestro até uso indevido da imagem por criminosos sexuais”, explica o especialista.
Golpes mais comuns aplicados em idosos
Veja, abaixo, quais são os golpes mais comuns aplicados em idosos.
1. Fraudes financeiras e de suporte técnico
No golpe financeiro, os idosos são induzidos a realizar empréstimos, que são falsos, tendo o dinheiro desviado para a conta de terceiros ou informações pessoais roubadas. É comum que os criminosos também entrem em contato por meio de chamadas ou mensagens de texto afirmando que computadores têm problemas. Assim, solicitam acesso remoto ou informações pessoais para “resolver” o problema, porém, na verdade, se trata do método golpista.
2. Phishing
Centenas de e-mails com promoções são enviados diariamente, assim como os famosos phishing, e-mails similares ao de empresas conhecidas que os golpistas utilizam para atrair a atenção de vítimas e roubar dados via links, mensagens de texto ou ligações. “Os idosos são persuadidos a oferecer informações e acabam sendo vítimas de crimes financeiros, roubo de identidade”, exemplifica Longinus Timochenco.
3. Golpes de romance
Comum a todas as idades, alguns idosos podem se tornar vítimas de golpes de romance online, nos quais são enganados por pessoas que se fingem interessadas em um relacionamento romântico, mas, na verdade, estão apenas atrás de dinheiro ou informações pessoais.
Segundo o especialista, os criminosos utilizam a carência e a manipulação para atrair a vítima, que, uma vez envolvida, muitas vezes não consegue sair da relação. “É comum que as vítimas apenas percebam o golpe quando o criminoso some ou algum familiar descobre, infelizmente”, explica Longinus Timochenco.
Como ajudar crianças e idosos?
O especialista em segurança cibernética da Clear I. entende que a forma de auxiliar crianças e idosos, apesar de diferente, parte do mesmo princípio: educação digital e conscientização sobre golpes online. “As crianças devem ser supervisionadas enquanto navegam na internet, especialmente quando são mais novas e menos experientes. Isso ajuda a garantir que elas não acessem conteúdo inadequado ou interajam com pessoas desconhecidas. Enquanto isso, os familiares precisam ajudar os idosos a criar e gerenciar senhas seguras para suas contas online e ser incentivados a não compartilhar informações pessoais ou financeiras através de mensagens não seguras ou em sites não confiáveis”, completa.
Por Luana Moraes
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