Deepfake: 5 dicas para identificar vídeos falsos na internet

Perito em crimes digitais explica como reforçar o senso crítico pode ajudar a identificar conteúdos descontextualizados

  • Por EdiCase
  • 25/10/2022 16h30
  • BlueSky
Deepfake dissemina conteúdos falsos nas redes sociais Deepfake dissemina conteúdos falsos nas redes sociais Imagem: Shutterstock

Com o uso da tecnologia chamada deepfake, vídeos podem ser manipulados ou descontextualizados para disseminar informações falsas na internet. A princípio, esses conteúdos produzidos com o auxílio de Inteligência Artificial podem parecer bem realistas. Isso porque essa tecnologia é capaz de sincronizar movimentos, falas na boca de personagens, imagens de rostos e outros detalhes que, no primeiro momento, são bem convincentes, dando margem para que as pessoas acreditem em informações mentirosas.

Segundo o perito em crimes digitais e CEO da Enetsec, Wanderson Castilho, esses vídeos representam uma certa preocupação, e exigem consciência digital de todos, além disso, quem costuma acreditar é quem menos tem conhecimento digital. “É muito importante ter um olhar crítico antes de compartilhar qualquer vídeo. Caso receba algum conteúdo suspeito, ainda que reforce seu ponto de vista, pare e assista inúmeras vezes, em todas as velocidades, para ficar mais fácil constatar imperfeições”, alerta o especialista.

Para te ajudar a distinguir o que é real do que é falso, o perito em crimes digitais Wanderson Castilho elenca 5 dicas. Confira!

1. Observe os movimentos dos olhos e da boca

Apesar da tecnologia estar cada vez mais sofisticada, as expressões ainda dizem muito em vídeos falsos. Wanderson Castilho alerta sobre o padrão de movimentos robóticos, “Amplie a imagem do vídeo e observe se os lábios estão mal sincronizados com as falas, nariz desalinhado do queixo, se existem piscadas em excesso, ou nenhuma piscada, em um conteúdo deepfake os movimentos são pouco naturais”, pontua o profissional.

2. Escute bem os áudios

Embora o maior objetivo dos vídeos falsos sejam as imagens, os áudios podem relevar falhas. Observe se há ruídos, se a voz está abatida e se os movimentos físicos estão alinhados à boca do interlocutor.

3. Fique atento às emoções

Certifique-se que as emoções estão bem precisas e se os movimentos condizem com o que está sendo dito.

Cenas muito claras e mudança na cor da pele podem indicar deepfake (Imagem: Shutterstock)

4. Observe as cores

Se o vídeo tem cenas muito claras, principalmente ao redor da boca, é um grande indicativo de deepfake. Mudanças repentinas no tom de pele, ou na própria cena, também são sinais de que você está diante de um vídeo falso. Segundo Wanderson Castilho, a qualidade da imagem é um ponto importante, os vídeos com muito desfoque e pouca nitidez também podem ser falsos.

5. Amplie a tela do vídeo

Com uma resolução maior, as chances de as falhas passarem despercebidas são menores.

Exercite o senso crítico

É preciso estar atento ao se deparar com esse tipo de conteúdo. “A verdade é que essas tecnologias estão cada vez melhores, então o mais importante nesses casos é usar o senso crítico e não compartilhar vídeos ou imagens sem saber a veracidade. Pesquise de onde saiu a informação, e se foi veiculada em outros veículos, compare, e caso não tenha sido de um veículo confiável, certamente é uma notícia falsa”, conclui o especialista.

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