Entenda a diferença entre dieta e reeducação alimentar
Especialistas explicam como essas formas de alimentação têm impactos diferentes na saúde e no emagrecimento
Muito tem se falado sobre reeducação alimentar nos últimos tempos. Sabe-se que é um bom caminho para emagrecer e que faz bem à saúde de modo geral, mas o que nem todos sabem é que ela não é uma dieta. A nutricionista Daniela Cyrulin explica que a reeducação alimentar ajuda as pessoas a compreenderem melhor os alimentos, o valor de cada um deles, o número de vezes que se deve comer no dia, a quantidade certa de comida a ser ingerida e as horas corretas das refeições.
“Uma boa reeducação alimentar não só vai fazer você perder peso, como manter o peso desejado e ter mais saúde”, afirma a especialista. A dieta, por sua vez, tem um processo restritivo de alimentação, “é uma solução temporária, uma alimentação feita por certo período para alcançar um objetivo específico”, acrescenta a nutricionista.
Mudanças são feitas aos poucos
A reeducação alimentar é um verdadeiro reaprendizado, uma mudança de hábitos diários que deve ser seguida sempre, e não temporariamente. Mas isso não deve ser feito de forma radical, de uma hora para outra. “O ideal é começar com a introdução [de um novo alimento] a cada semana ou uma vez a cada duas semanas. Não troque tudo de uma vez para não se assustar nem enjoar”, orienta a nutricionista Paula Castilho.
Benefícios para o corpo todo
Pouco a pouco sua alimentação completa será modificada por alimentos muito mais saudáveis, e os reflexos positivos serão notados no corpo todo. Além do emagrecimento, uma alimentação balanceada ajuda na manutenção do peso ideal e saudável, na prevenção e cura de doenças e na estética. Por meio dela, pele, unhas e cabelos acabam ficando mais fortes e bonitos.
Reeducação não é apenas para quem quer emagrecer
Se engana quem pensa que o ajuste na alimentação só é indicado para quem busca perder peso. Essa é uma forma preventiva. Ainda segundo Paula Castilho, “a pessoa ser magra não significa nada, existe em nosso organismo uma quantidade de porcentagem de gordura e outra de músculos. Se o número de gordura for maior que o de músculo, a pessoa pode ser uma falsa magra. Por isso a reeducação alimentar é essencial!”. Mesmo para quem está no peso ideal, a reeducação alimentar pode prevenir o aumento do colesterol, dos triglicerídeos e de diversos outros problemas de saúde decorrentes da má alimentação.
Sem grandes restrições alimentares
É importante saber também que a reeducação alimentar não exige restrições. Aderindo a ela, é possível até mesmo comer doces e qualquer outro tipo de coisa geralmente vetada em dietas. O que faz a grande diferença é a quantidade ingerida.
“Por exemplo, se a pessoa não tem rotina, não come em horários regulares, mas não apresenta problemas de saúde como diabetes, colesterol alto, entre outros, podemos encaixar um pequeno pedaço de chocolate ou um bombom, se essa pessoa sente necessidade de comer algo mais doce”, afirma a nutricionista Daniela Cyrulin.
Outra boa dica, de acordo com Paula Castilho, é deixar para consumir alimentos mais calóricos, como os tão adorados doces, aos finais de semana, que é quando a rotina se torna mais diferente. Tomando sempre cuidado com a quantidade. “Não precisa fazer isso [comer guloseimas] nas cinco refeições do dia, escolha apenas uma”, alerta.
Substituições mais saudáveis
Um dos maiores aprendizados da reeducação alimentar é a consciência da necessidade de trocas inteligentes. Ir trocando gradualmente alimentos calóricos por opções mais saudáveis, preferir queijos brancos a amarelos, carnes magras e brancas a uma picanha, grãos integrais a refinados, leite sem gordura ao integral e por aí vai. Iniciando esse processo de trocas, seu corpo irá se acostumar aos poucos com a nova alimentação que irá receber pelo resto da vida.
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