Entenda por que mulheres sofrem mais para manter a saúde mental

Psiquiatra ensina 5 técnicas para ajudar a enfrentar problemas emocionais

  • Por EdiCase
  • 14/02/2024 17h00 - Atualizado em 14/02/2024 17h48
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Buscar tratamento com uma equipe multiprofissional para contemplar as necessidades físicas, psicológicas e nutricionais é essencial Buscar tratamento com uma equipe multiprofissional para contemplar as necessidades físicas, psicológicas e nutricionais é essencial Imagem: Vectorium | Shutterstock

Mulheres passam por desafios específicos, seja a pressão social, a maternidade ou as diferenças hormonais em relação aos homens. Em janeiro, foi realizada uma pesquisa qualitativa pelo Brain Behavior, núcleo de pesquisas comportamentais da Brain Inteligência Estratégica com 21 profissionais da área da saúde e avaliou diversos aspectos, como saúde mental e transtornos alimentares, tecnologias e adoecimento e uso saudável das tecnologias.

Segundo o relato dos profissionais entrevistados, tem aumentado a procura por tratamento relacionado a transtornos mentais. Isso tem relação com o acesso à informação sobre essas condições, que tem ajudado a conscientizar a população em relação a sintomas que, antes, eram percebidos como normais.

De acordo com o Datafolha, mulheres e jovens têm mais ansiedade que a média da população. Enquanto 21% dos brasileiros já tiveram diagnóstico de transtorno de ansiedade ao longo da vida, esse índice sobe para 27% entre mulheres, quase o dobro da prevalência entre homens (14%).

Influência das redes sociais

Para o Dr. Alexandre Valverde, “é importante ressaltar que os transtornos alimentares podem estar associados a uma experimentação dismórfica do próprio corpo, ou seja, uma dificuldade em observar a própria imagem sem que se veja distorcida, mas também desconforto em receber elogios, na tendência à autodepreciação, na excessiva autocrítica e autocobrança”.

Em mulheres, esses aspectos do comportamento tendem a ser invisibilizados, como algo normalizado, que se espera do comportamento feminino. O psiquiatra completa que, “nas redes sociais, circulam padrões ético-estéticos tóxicos que reforçam a autodepreciação e podem levar ao adoecimento“.

Ter uma rede apoio no cotidiano é muito importante Imagem: eamesBot | Shutterstock

O Dr. Alexandre Valverde dá algumas dicas para ajudar mulheres com problemas relacionados à saúde mental. Confira!

1. Conte com uma rede de apoio

Reconhecer o problema é muito importante, assim como ter uma rede de apoio com quem possa falar sobre as dificuldades vividas no cotidiano.

2. Procure ajuda profissional

Buscar tratamento com uma equipe multiprofissional para contemplar as necessidades físicas, psicológicas e nutricionais é essencial.

3. Use as redes sociais com moderação

Procure evitar o consumo de conteúdos tóxicos na internet. As redes sociais são um dos principais gatilhos para a saúde mental.

4. Faça atividade física

Realize atividades físicas de maneira diligente, sem exageros. O exercício físico ajuda a liberar endorfinas, o que auxilia no bom humor.

5. Tenha uma boa alimentação

É preciso mudar a relação com a comida e com o ato de comer, compreendendo-o como um momento de convívio e partilha, não somente como aporte nutricional.

Por Nathali Coelho 

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