Resumo dos principais períodos da história do Brasil

Professora explica sobre os momentos decisivos do país

  • Por EdiCase
  • 12/10/2022 14h30
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História do Brasil é marcada por diversos fatores História do Brasil é marcada por diversos fatores Imagem: Shutterstock

O bom desempenho nas provas de História exige conhecimento, e não apenas memorização. Por isso, a professora de História Sarah Resende resume os principais períodos da história do Brasil, para você se preparar com antecedência para os vestibulares. Confira!

Processo de independência

Há algumas diferenças básicas entre o processo de independência que aconteceu no Brasil e os que ocorreram na América Espanhola. Vamos relembrar:

  • O Brasil ao proclamar a sua independência adota e permanece com a monarquia como forma de governo. Os outros países da América seguiram como forma de governo a adoção do regime republicano, tal como os EUA, primeiro país a declarar a independência na América e a estabelecer a República como forma de organização política;
  • O fato de o Brasil adotar a monarquia garante a integridade territorial e política. O país não se fragmenta como os países da América Espanhola e não passa por uma longa guerra para alcançar a independência;
  • Porém, não se engane. O processo de independência no Brasil não foi pacífico. Logo no Primeiro Reinado ocorreram alguns levantes que contestaram o autoritarismo e a centralização política do imperador. Isso tendo em vista que a primeira constituição do país foi outorgada e previa um quarto poder, o poder moderador, que era uma atribuição exclusiva do imperador e dava a ele autonomia sobre os outros poderes;
  • No Brasil, a luta pela independência foi um processo articulado pelas elites coloniais.

Período Regencial

O Período Regencial foi um dos mais complexos da história do Brasil Império, no qual o país correu um grande risco do fracionamento do território. Para tentar conter as rebeliões, o Ato Adicional de 1834 foi um instrumento de descentralização política, na medida em que decretou a criação das Assembleias Legislativas Provinciais (concedendo mais autonomia às províncias) e da Regência Uma (em que o regente era eleito por tempo determinado de quatro anos).

As principais rebeliões regenciais foram:

  • Cabanagem (Pará: 1835-1840);
  • Balaiada (Maranhão: 1838-1841);
  • Sabinada (Bahia: 1837-1838);
  • Revolução Farroupilha (Rio Grande do Sul e Santa Catarina: 1835-1845).
Ilustração de Dom Pedro I
Quarto poder garantia a autonomia sobre os outros poderes no Brasil (Imagem: Shutterstock)

Sistema parlamentarista

O sistema parlamentarista que o Partido Liberal tentou implantar no Brasil, durante o Segundo Reinado, ficou conhecido como “Parlamentarismo às Avessas”. Isso porque ao invés de seguir o modelo clássico, tal como o inglês – no qual o rei reinava, mas não governava -, no Brasil o rei reinava e governava, porque ele tinha um quarto poder, o Moderador, que garantia a ele autonomia sobre os outros poderes.

Abolição da escravidão

Foi longo o caminho para a abolição da escravidão no Brasil. O Processo começou com algumas leis que precederam a Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. A primeira medida efetiva foi a Lei Eusébio de Queiroz, que aboliu o tráfico atlântico de escravos em 1850 (estimulando um tráfico interprovincial). Em 1871, foi sancionada a Lei do Ventre Livre e, em 1885, a Lei dos Sexagenários. Após esse longo processo, foi aprovado pelo Parlamento Brasileiro A Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no Brasil.

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