Veja a importância de vermifugar cães e gatos

Manter os pets livres de vermes protege a saúde deles e reduz o risco de transmissão de zoonoses

  • Por EdiCase
  • 29/01/2025 17h00 - Atualizado em 29/01/2025 17h42
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O ciclo de vermifugação recomendado por médicos-veterinários garante a proteção contínua contra parasitas O ciclo de vermifugação recomendado por médicos-veterinários garante a proteção contínua contra parasitas Imagem: FamVeld | Shutterstock

A ausência de sintomas não significa que um animal está livre de helmintos, popularmente conhecidos como vermes. Muitos parasitas se instalam no organismo e passam semanas, ou até meses, se multiplicando antes de manifestar sinais clínicos. Durante esse período, o pet pode sofrer silenciosamente com fadiga, perda de nutrientes e danos internos progressivos. Por isso, a vermifugação é uma medida essencial para evitar infecções silenciosas que podem comprometer a saúde do cão ou gato a longo prazo.

De acordo com André França, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, a vermifugação periódica é crucial para prevenir não só as doenças no animal. Afinal, reduz a possibilidade de transmissão de algumas zoonoses, que podem gerar condições graves, especialmente em pessoas com sistema imunológico enfraquecido, nos primeiros anos de vida ou durante a gestação.

“Ao vermifugar seu pet, você está protegendo não apenas a saúde dele, mas também reduz as formas transmissoras de alguns vermes. Isso faz com que o ciclo de vida dos parasitas seja quebrado, impossibilitando uma possível infecção no ser humano. É importante destacar também que nem todos os helmintos podem gerar riscos de doenças em pessoas”, explica o profissional. 

Quando vermifugar o animal

Quando o filhote está saudável, recomenda-se que a primeira dose do vermífugo seja administrada entre 15 e 30 dias de vida, com uma dose de reforço aplicada após 15 dias da primeira. A partir dessa fase, o Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia (TroCCap) sugere que cães sejam desparasitados quinzenalmente, começando aos 15 dias de vida e continuando até que completem 8 semanas.

No caso dos gatos, a orientação é iniciar a desparasitação a partir das 3 semanas, também com reforços quinzenais, até que atinjam as 10 semanas. Esse protocolo garante maior proteção contra parasitas e reduz o risco de transmissão de doenças.

“A transmissão vertical, ou seja, a passagem de vermes da mãe para o filhote durante a amamentação, é relativamente comum nessas espécies. Por isso, a vermifugação deve ser realizada na fase inicial da vida destes animais, independente de terem ou não contato com outros ambientes ou indivíduos”, explica André França.

A administração do vermífugo deve ser feita com acompanhamento de um veterinário Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock

Ciclo de doses de vermífugo

O Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia também recomenda que, após essa fase inicial da vida, os pets tomem doses de vermífugo a cada 30 dias até atingirem os seis meses. Posteriormente, o intervalo pode ser aumentado para doses trimestrais.

É importante destacar que a administração indevida de antiparasitários é capaz de tornar populações de vermes ou de qualquer outro parasito resistentes a esses medicamentos. Portanto, todo esse processo deve ser acompanhado por um médico-veterinário munido de uma frequência de exames de fezes e sangue para determinar o melhor protocolo para cada situação. 

Prevenindo a contaminação

André França explica que até mesmo os bichos que vivem dentro de casa ou apartamento podem ser expostos a contaminações, principalmente quando saem para passear com o tutor. “Para prevenir a infestação, é importante manter o ambiente do pet sempre limpo e higienizar as patas após os passeios, já que eles podem trazer parasitas do ambiente externo”, recomenda.

Conforme o veterinário, a limpeza é bem simples. “De forma geral, o ideal é que as superfícies sejam desinfetadas com solução de hipoclorito de sódio (água sanitária) a 1%, lembrando sempre de evitar a presença dos animais enquanto a desinfecção está ocorrendo. Para a limpeza das patas, o ideal é a utilização de lenços umedecidos específicos, encontrados facilmente no mercado”, explica.

Alimentação adequada minimiza os riscos das verminoses graves

Dentre as formas comuns de transmissão de verminoses, está o consumo de água e alimentos contaminados. A nutrição adequada de qualquer animal dá suporte ao seu sistema imune e ajuda na prevenção de infestações parasitárias graves.

“Uma dieta equilibrada, fornecida por rações de boa qualidade, fortalece o sistema imunológico dos pets, tornando-os mais resistentes a doenças, incluindo aquelas causadas por parasitas. Como medidas de prevenção, é importante evitar alimentos crus, que podem ser carreadores das formas de transmissão das verminoses, e, sempre que possível, disponibilizar água com devido tratamento”, finaliza André França.

Por Nicholas Montini Pereira

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