Veja como conviver bem com o diabetes

Apesar de não existir uma cura definitiva, é possível ter uma vida longa e saudável com a doença

  • Por EdiCase
  • 27/03/2023 13h00
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Mudanças nos hábitos de vida não precisam ser traumáticas Mudanças nos hábitos de vida não precisam ser traumáticas Imagem: Zigzigzig | Shutterstock

Após receber o diagnóstico de diabetes, pode ser muito difícil enfrentar as mudanças que ocorrerão, uma vez que essa é uma doença crônica e que deverá ser monitorada para o resto da vida. Mas as modificações nos hábitos não precisam ser traumáticas, pois o diabético não necessita cortar drasticamente nenhum alimento da dieta.

Porém, é essencial que o paciente entenda a importância de seguir rigorosamente o tratamento para evitar complicações futuras. “Para a alimentação do diabético não há necessidade de grandes mudanças. Doces, pães e massas não precisam ser abolidos completamente da dieta do diabético. Mas, é preciso estar atento à quantidade”, tranquiliza a nutricionista Bruna Pinheiro.

Dieta recomendada para todos

Segundo Bruna Pinheiro, é importante que a dieta do diabético “seja rica em carboidratos complexos, carboidratos que são mais lentamente digeridos, evitando, assim, as grandes elevações e quedas dos níveis de glicemia no sangue”.

Além disso, a profissional explica que a dieta seguida por um diabético pode e deve ser seguida por qualquer pessoa, pois é uma alimentação variada, com conteúdo balanceado de nutrientes, rica em grãos integrais, frutas, vegetais, carnes e laticínios magros.

Importância da aceitação e do tratamento

Além da mudança nos hábitos alimentares, o paciente diagnosticado com diabetes passa por um processo psicológico difícil, pois precisa aceitar e perceber a importância do tratamento da doença. Quanto melhor for a aceitação e, consequentemente, mais rigoroso for o tratamento, melhor será o resultado.

De acordo com a endocrinologista Dra. Claudia Liboni, quando o paciente tem o diagnóstico de diabetes, ele fará algumas alterações em sua rotina. “Todas elas são necessárias para o melhor controle da doença a longo prazo, a fim de minimizar as complicações que ocorrem após um tempo variável de diabetes. Quando o paciente entende o motivo da dieta e a importância das outras orientações, ele se sente menos incomodado com as restrições impostas”, afirma.

A médica ressalta que, quando o médico previne que o paciente perca a visão ou tenha que fazer hemodiálise três vezes por semana – exemplos de complicações comuns da doença –, ele está oferecendo qualidade de vida a longo prazo.

O estresse pode influenciar os níveis de glicemia (Imagem: Photoroyalty | Shutterstock)

Cuidado com o estresse

O estresse que vivenciamos no dia a dia pode agravar diversas doenças, entre elas, o diabetes. “O estresse psicológico de qualquer causa pode fazer com que as glicemias subam temporariamente. Isso ocorre pois produzimos no corpo hormônios do estresse, sendo o cortisol o mais importante”, explica a Dra. Claudia Liboni.

Segundo ela, o cortisol tem como “função deixar o corpo em alerta, e a elevação da glicemia faz parte desse processo. Como se trata de uma reação em cadeia, não temos como evitar, a menos que a pessoa não passe por nenhum estresse durante toda a sua vida, o que é quase impossível”.

Minimizando o impacto do estresse

A recomendação da especialista é minimizar o impacto do estresse no organismo do paciente, levando uma vida saudável, tomando as medicações e praticando atividade física, aumentando a produção de substâncias relaxantes no organismo.

“Mas é importante frisar que não existe diabetes desencadeado somente por estresse, o tal do ‘diabetes emocional’. O paciente iria desenvolver diabetes de qualquer maneira e o estresse pode ter dado o pontapé final”, garante a endocrinologista.

Siga o tratamento à risca

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos diabéticos é saber que as recomendações deverão ser seguidas para o resto da vida. Por ser uma doença crônica, não existe cura, apenas o monitoramento da doença para deixá-la estável e evitar maiores complicações.

“A maioria dos pacientes, quando tem o diagnóstico e é bem orientada dos riscos de não tratar corretamente a doença, segue as recomendações. No entanto, após tempo variável, começa a ‘relaxar’ e a não seguir como fazia no início. Cabe ao médico, neste momento, reforçar a importância de manter o tratamento adequado”, aconselha a Dra. Claudia Liboni.

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