Veja como o transtorno bipolar afeta a vida dos idosos
Doença caracteriza-se por oscilações de humor, com momentos depressivos e outros de mania ou hipomania
Em 30 de março é comemorado o Dia Mundial do Transtorno Bipolar. A data foi criada com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os estigmas associados ao transtorno. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas no mundo.
A bipolaridade é um transtorno psiquiátrico que pode causar grande sofrimento a quem é acometido por ele e a familiares, amigos e cuidadores que convivem constantemente com esse indivíduo. Por isso, é importante manter-se atualizado a respeito da sintomatologia característica da doença.
Bipolaridade na terceira idade
De acordo com a psicóloga Tais Fernandes, do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos, o diagnóstico ocorre com maior prevalência na adolescência e na fase adulta; em menor escala, em crianças e idosos, mas ainda acontece. Segundo a Fundação Allan Kardec, em pessoas da terceira idade, a condição atinge de 10% a 25% dos pacientes com transtorno de humor.
A doença caracteriza-se por oscilações de humor, com momentos depressivos e outros de mania ou hipomania. “Existem dois tipos de transtorno bipolar, o tipo I e o tipo II; no primeiro, a pessoa passa por momentos de depressão e de mania e, no segundo, há momentos de hipomania e depressão”, complementa a psicóloga.
Sintomas da bipolaridade em idosos
Nos episódios de depressão, o idoso tende a se isolar, procura ficar mais na cama, muitas vezes há perda de apetite e alterações no sono. Nos momentos de hipomania, o paciente costuma ficar mais alegre, um tanto eufórico, com mais energia que o habitual. “Já na mania, ele tem a excitabilidade e a euforia mais intensas, com risco a ter condutas que o colocam em risco. Para que esses episódios sejam classificados dentro da bipolaridade, é necessário que os sintomas persistam por, no mínimo, 4 dias”.
Importância da família e dos cuidadores
Visando auxiliar idosos que estão passando pelo transtorno, Tais afirma que a família e os cuidadores precisam entender que neste processo eles também são afetados pelos sintomas, uma vez que participam da rotina e acompanham o decorrer dos episódios. Contudo, é necessário seguir os cuidados médicos indicados e, em casos de medicação, se atentar para que sejam tomados os remédios de forma correta.
Por Giovanna Rebelo
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