Veja os perigos das plantas tóxicas para cães e gatos
Alguns cuidados são importantes para proteger a saúde do seu animal de estimação
Presentes em casas, jardins e praças, as plantas costumam deixar os ambientes mais bonitos, aumentando o contato com a natureza. Contudo, mesmo que pareçam inofensivas, algumas delas podem oferecer uma série de riscos para a saúde de cães e gatos e, inclusive, levá-los à morte.
Segundo Caroline Mouco Moretti, médica-veterinária clínica e diretora-geral do Grupo Vet Popular, o que torna as plantas tóxicas para esses animais são as substâncias encontradas nelas. “Por exemplo, a flor do antúrio contém oxalato de cálcio como princípio, podendo causar inchaço da boca, lábios e garganta, dificuldade para engolir, paralisia da língua, salivação excessiva, vômitos e diarreia”, explica.
Plantas perigosas para cães e gatos
Além do antúrio, algumas das espécies que causam intoxicações em cachorros e gatos são:
- Comigo-ninguém-pode
- Azaleia
- Copo-de-leite
- Espada-de-são-jorge
- Lírio
- Violeta
- Dama-da-noite
- Costela-de-adão
- Coroa-de-cristo
- Samambaia
Como acontece a ingestão?
Caroline Mouco Moretti explica que, por vezes, a ingestão de plantas tóxicas pode acontecer durante as brincadeiras dos animais. “Principalmente filhotes, entre uma brincadeira e outra, acabam mordendo [plantas] e, muitas vezes, a ingestão pode ser acidental”, afirma.
Além disso, segundo a veterinária Juliana Bulhões, “cães e gatos têm por hábito comer plantas para auxiliar o sistema digestivo”. Dessa forma, eles podem acabar ingerindo alguma espécie que causa intoxicação.
Fique atento aos sintomas
Os sintomas decorrentes da intoxicação causada por plantas podem ser variados. Pode ocorrer falta de apetite, vômitos, diarreias, falta de coordenação motora e equilíbrio, desmaios, convulsões, lesões orais, alterações cardíacas, entre outros. Em casos mais graves, pode ocasionar até morte súbita do animal.
“Tudo vai depender do tipo de substância, quantidade ingerida e tempo de socorro após detecção da ingestão”, esclarece Caroline Mouco Moretti. Ainda conforme a profissional, os animais podem apresentar os sintomas até 24 horas após a ingestão da planta.
O que fazer no caso de ingestão?
É extremamente importante que o tutor leve o animal ao veterinário assim que perceber a ingestão da planta ou ao notar os sintomas. “Quanto antes tratar, menor a quantidade da substância tóxica a ser absorvida”, explica Caroline Mouco Moretti.
Além disso, conforme a profissional, saber o tipo de planta que foi ingerida ajudará o veterinário a tratar o animal com maior precisão. Por isso, caso não saiba a espécie, vale a pena levar ao consultório um pedaço da planta ou, até mesmo, uma foto dela.
Proteja o seu animal
Para evitar a ingestão acidental, as veterinárias orientam manter as plantas tóxicas longe de cães e gatos. “No caso de cães, manter em lugares altos é uma alternativa. Já no caso de gatos, o mais recomendado é não ter esse tipo de planta”, sugere Caroline Mouco Moretti.
Durante os passeios em ambientes externos, Juliana Bulhões aconselha manter o cachorro na coleira com a guia. Dessa forma, fica mais fácil impedir que ele entre em contato com alguma planta que possa oferecer risco.
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