Dilma diz que Huck é “simpático”, mas não tem “estatura nem experiência para ser presidente”
Em ato no qual o PT lançou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como pré-candidato à Presidência da República nesta quinta (25), a ex-presidente Dilma Rousseff defendeu a inocência de seu padrinho político e analisou o cenário eleitoral para este ano.
A petista comentou a perspectiva do apresentador Luciano Huck concorrer ao Planalto. “Até acho ele simpático. Só não acho que tem estatura nem experiência para ser presidente deste País”, disse Dilma.
A ex-presidente classificou o lançamento do nome de Huck como “experimento de auditório” e disse que o PSDB quer utilizar o “auditório como mobilização político-social”.
“Todas as lideranças do PSDB estão destruídas”, afirmou. “Fracassaram os outsiders como Doria e fracassou o experimento no auditório”, disse Dilma, reforçando a associação da imagem de Huck aos tucanos.
Para a petista, o cenário mostra que o “golpe” é “inviável”.
“Não temos plano B”
Dilma reforçou o discurso partidário de que Lula é o único candidato da sigla. “Não temos plano B porque sabemos que ele (Lula) é inocente e não temos por que não explorar todas as contradições que eles (julgadores) deixam”, disse.
A petista afirmou que o mais importante são as “mobilizações nas ruas”. Ela classificou a confirmação da condenação de Lula pelo TRF4 como “um escândalo do ponto de vista jurídico”, mas entende que houve uma “vitória política das mobilizações”.
“Sobrevivemos” ao “golpe”
A ex-presidente impedida disse ainda que “o golpe fracassou”.
“Nós sobrevivemos a todos os pixulecos que foram colocados na Avenida Paulista, sobrevivemos aos patos amarelos também, sobrevivemos à destruição do meu mandato”, declarou Dilma. A petista entende que o ex-presidente Lula deu a volta por cima com o PT.
Dilma conclama os militantes a “agora acumular forças para termos claramente nossa possibilidade de vitória em outubro”.
Para a ex-presidente, “o golpe fracassou também em seu objetivo estratégico, que é enquadrar o Brasil economicamente”. Ela cita a não privatização da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que seriam objetivos dos que articularam sua queda.
Ainda sobre o “golpe”, Dilma afirmou que “é próprio dos golpes, antes de acabar, se radicalizar” e comparou o contexto brasileiro atual ao da decretação do Ato Institucional número 5, o mais duro durante a Ditadura Militar.
A ex-presidente vê um “golpe parlamentar, midiático, que teve o apoio de segmentos do Ministério Público, da Polícia Federal e até do Judiciário”.
Veja o evento completo do PT:
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