Gleisi nega que PT tenha contratado propaganda irregular no Twitter
Agência é suspeita de ter promovido uma ação para promover os candidatos do PT na rede social
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta segunda-feira, 27, pelo Twitter que o partido “nunca utilizou” agência para fazer propaganda de seus candidatos. No domingo, a hashtag “Piauí” foi um dos assuntos mais comentados na rede social depois que surgiu a suspeita de que uma agência, chamada Lajoy, ter sido contratada para fazer propaganda do governador do estado, Wellington Dias (PT), que tenta a reeleição.
“Nossa relação com as redes sociais sempre foi de engajamento político. Nunca precisamos disso, até porque temos muita presença nas redes sociais. Estamos averiguando o que aconteceu para tomar as medidas que forem necessárias”, escreveu Gleisi.
Dias também se manifestou na rede social. Por meio de nota, ele afirmou que “a atividade organizada não partiu da coordenação” de sua campanha e que “as empresas citadas não são do Piauí e não possuem qualquer relação com a campanha local”.
Uma das pessoas contratadas pela Lajoy para fazer a campanha se manifestou por meio de sua conta pessoal. “Juliane com e de Exu” (@exuliane) desistiu de participar da ação e disse estar arrependida de ter publicado um post elogiando Dias. “Eu fui chamada para uma ação que visava debater pautas progressistas, coisa que já faço, não campanha eleitoral”, escreveu ela. “A ação era sim de esquerda, mas a abordagem dela não era sobre favorecer partidos”, completou a usuária em outro tweet.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a jornalista Paula Holanda, militante da esquerda e influenciadora digital, também teria sido contratada pela Lajoy para promover conteúdo de esquerda no seu perfil. Segundo a Folha, ela desistiu de promover a candidatura de Dias depois de ter feito posts elogiando Gleisi e o candidato do PT a governador de São Paulo, Luiz Marinho. Depois do episódio, Paula transformou sua conta em privada.
Esse tipo de propaganda é considerada ilegal pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em resolução publicada no ano passado, a Corte diz que “é vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, excetuado o impulsionamento de conteúdos, desde que identificado de forma inequívoca como tal e contratado exclusivamente por partidos políticos, coligações e candidatos e seus representantes”.
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