Delcídio do Amaral quer reverter inelegibilidade e voltar ao Senado

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2018 11h45 - Atualizado em 12/08/2018 12h20
Geraldo Magela /Agência Senado Geraldo Magela /Agência Senado Delcídio implicou ex-presidentes Lula e Dilma, o então vice Michel Temer, ministros e senadores em sua delação premiada

O ex-senador Delcídio do Amaral quer voltar ao cenário político, informa o colunista de O Globo, Lauro Jardim.

O ex-petista filiou-se ao PTC de Fernando Collor de Mello e, caso consiga reverter sua inelegibilidade, deve concorrer ao Senado. Os advogados de Delcídio trabalham nesse sentido.

Delcídio do Amaral foi cassado por 74 votos a favor, uma abstenção e nenhum contrário em maio de 2016 por seus colegas senadores. Uma das implicações da cassação é se tornar inelegível por 11 anos.

Ou seja, o ex-líder do PT no Senado teoricamente não pode concorrer a nenhum cargo público até 2027. Ele era senador por Mato Grosso do Sul desde 2003.

Delcídio foi preso em flagrante por obstrução de justiça em 25 de novembro de 2015, ainda quando era senador, após ser gravado tentando impedir delação premiada do ex-executivo da Petrobras Nestor Cerveró, além de lhe oferecer uma rota de fuga do Brasil.

Depois, o próprio Delcídio negociou um acordo de colaboração com a Lava Jato, homologado em 15 de março de 2016. O ex-parlamentar do PT implicou o ex-presidente Lula, a então presidente Dilma Rousseff, os ex-ministros Antonio Palocci, Erenice Guerra, e Silas Rondeau, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e os senadores Aécio Neves (PSDB), Edison Lobão (MDB), Eunício Oliveira (MDB), Gleisi Hoffmann (PT), Humberto Costa (PT), Jader Barbalho (MDB), Romero Jucá (MDB), Valdir Raupp (MDB) e Renan Calheiros (MDB), além do então vice-presidente Michel Temer.

A Procuradoria-Geral da República analisa agora, no entanto, uma possível rescisão da delação por possível “má-fé” do delator, que não teria revelado todos os crimes de que tinha conhecimento no momento de firmar o acordo.

Delator-bomba da Lava Jato que deu início a um dos períodos mais turbulentos de Dilma Rousseff no Planalto antes do impeachment, Delcídio confessou em entrevista exclusiva à Jovem Pan em dezembro de 2016, quando rompeu o silêncio, que tinha mais a revelar. Relembre:

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