147 milhões de eleitores estão aptos a eleger o 38º presidente da República
Cerca de 147 milhões de brasileiros estão aptos a votar no segundo turno das eleições presidenciais, neste domingo (28). Eles escolherão se Fernando Haddad (PT) ou Jair Bolsonaro (PSL) será o 38º presidente da República, sucedendo Michel Temer (MDB).
As seções abrem às 8h, no horário local de cada cidade, e fecham às 17h. Levando em conta o horário de Brasília, a votação acontecerá em todo o país das 7h às 19h, uma vez que Fernando de Noronha (PE) tem fuso horário com uma hora a frente o horário oficial, enquanto o Acre está duas horas atrás. Por isso, os números oficiais da apuração só serão divulgados a partir das 19h, quando a eleição acabar em todo o Brasil.
Além de eleger o próximo presidente, os eleitores de estados em que a disputa pelo governo estadual foi para o segundo turno também votarão nos futuros governadores. A ordem de votação seguirá a do primeiro turno: primeiro, voto em governador, e em seguida, voto para presidente. Nas unidades federativas em que o governo estadual já está definido, a eleição será apenas para a presidência da República.
Tendência e desafios
Desde que o segundo turno foi definido, as pesquisas de intenção de voto apontam uma vitória de Jair Bolsonaro. Mas, na última semana, a vantagem do ex-capitão foi diminuindo.
No levantamento divulgado pelo Datafolha neste sábado (27), o último antes da eleição, apontou que o candidato do PSL tem 55% dos votos válidos, contra 45% de Fernando Haddad. Já a pesquisa do Ibope mostra Bolsonaro com 54% dos votos válidos e Haddad com 46%.
Se a margem apertada for confirmada, o próximo presidente terá pela frente, mais uma vez, o país dividido. Apesar de ter sido eleito pela maioria, o mandatário também terá que governar para milhões de eleitores que votaram em seu adversário. A união nacional será um dos grandes desafios do próximo governo.
Isso já aconteceu em 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com apenas 3.459.963 votos a mais que o seu adversário, Aécio Neves (PSDB). Nos anos seguintes à eleição, a ex-presidente enfrentou uma forte oposição nas ruas e acabou sendo impedida em 2016.
Na Câmara, o próximo presidente também deverá ter uma forte oposição, seja ele Bolsonaro ou Haddad. Até agora, o PT tem o maior número de deputados federais eleitos, seguido de perto pelo PSL. Com a cláusula de barreira, o número de parlamentares para cada partido ainda vai mudar, o que pode favorecer o presidente.
Já no Senado, o PT tem vantagem: são seis senadores, contra dois do PSL. Entretanto, o futuro presidente terá de fechar acordo com partidos como MDB e PSDB, que têm as maiores bancadas na Casa, para aprovar seus projetos.
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