Ataque vai ‘compensar pouco tempo de TV de Bolsonaro’, diz França

  • Por Jovem Pan
  • 07/09/2018 08h45 - Atualizado em 07/09/2018 08h50
Jovem Pan O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Márcio França (PSB)

O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Márcio França (PSB) afirmou nesta sexta-feira, 7, ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, que o ataque ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) será “decisivo no processo eleitoral”. “O episódio vai compensar a ausência de tempo [de propaganda eleitoral] que Bolsonaro tem na televisão. É uma exposição muito grande”, disse.

Para França, as pessoas demoram a tomar uma decisão definitiva em quem votar. “Parece que elas querem ver um pouco o esquentar das turbinas, para depois decidir”. Segundo ele, agora a eleição “estaria caminhando para uma definição com ele [Jair Bolsonaro] na posição de escolhido”.

Bolsonaro foi atacado nesta quinta-feira, 6, quando participava de um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele precisou ser operado porque facada foi profunda, o que causou hemorragia interna intensa. A cirurgia de emergência identificou a veia rompida e estancou o sangramento com uma ligadura na veia.

A perfuração deixou lesões graves em órgãos intra abdominais. Além da lesão grave no intestino grosso, na região do cólon transverso, Bolsonaro teve três perfurações no intestino delgado, que foram tratadas com suturas simples (pontos).

Até agora, duas pessoas foram presas. Ontem, Adélio Bispo de Oliveira, de 40, foi identificado como o responsável pela facada. Um segundo homem foi detido pelas forças policiais na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. As informações são do Superintendente da Polícia Judiciária, Carlos Capistrano. O suspeito ainda não teve a identidade revelada, mas está sendo ouvido na Polícia Federal na cidade mineira.

Eleição estadual

Márcio França disse que sua maior dificuldade continua sendo o fato de não ser muito conhecido pela população. Mas França comemorou o resultado da última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, que o apresenta com 8% das intenções de voto — um salto de 4% na comparação com o levantamento anterior do instituto.

Ele também afirmou que uma de suas vantagens em relação a seus dois principais adversários, João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB), é a aparência. “Você olha na TV e que aquilo tem um distância do povo mais simples. [Eles] são pessoas mais ricas. Não é defeito ser rico, mas eles são”, afirmou ao Jornal da Manhã.

França lembrou que a rejeição a Doria é muito grande porque ele renunciou à prefeitura de São Paulo e que o partido de Skaf “tem um rejeição nacional”. “Quando a gente pergunta se as pessoas querem [o presidente Michel] Temer governando São Paulo ou se querem que o modelo do Rio de Janeiro venha para São Paulo, [a intenção] cai muito”, afirmou.

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