Ausência de sangue após facada não é fato incomum, explica médico

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2018 20h22 - Atualizado em 06/09/2018 20h27
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FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro após ser esfaqueado durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG)

O diretor da Associação Médica Brasileira José Luiz Bonamigo afirmou que a ausência de sangue na roupa de Jair Bolsonaro assim que o candidato à Presidência foi esfaqueado nesta quinta-feira (06) não é incomum por conta da região em que o deputado foi atingido, onde ficam vasos sanguíneos internos.

‘O fato de não ter sangrado exteriormente não é incomum porque as artérias mais posteriores sangram para dentro da barriga, para a cavidade ao redor do vaso’, explicou em entrevista à Jovem Pan.

Sangramentos como os que são exibidos em filmes e novelas são causados por artérias superficiais – o que não foi o caso de Bolsonaro. ‘Os sangramentos de cinema são de vasos mais superficiais. Na cavidade abdominal o mais comum é o sangramento interno e não o que vemos na televisão’, disse.

Bonamigo afirmou que a lesão sofrida pelo deputado federal foi grave e, apesar do risco inicial ter sido superado pela cirurgia rápida, o pós-operatório pode apresentar complicações que precisem de mais operações.

‘A lesão na artéria pode causar obstrução da circulação, uma trombose. Se soma a isso que com a lesão no intestino, principalmente no intestino grosso onde já tem fezes formadas, houve vazamento das fezes para a cavidade abdominal fizeram forte reação inflamatória que vai gerar necessidade de monitoramento proximo nos próximos dias’, falou.

Segundo a previsão do médico, Bolsonaro deve continuar na UTI pelos próximos dias e deve permanecer hospitalizado por duas semanas. O candidato à Presidência também não deve conseguir retomar a agenda no ritmo intenso que estava fazendo.

 

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