Bolsonaro chama governos anteriores de ‘terroristas’ e diz não entender preconceito com militares

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2018 19h36 - Atualizado em 16/10/2018 19h43
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Fernando Frazão/Agência Brasil "Os militares não estarão no governo por serem militares, mas por terem capacidade", afirmou

O candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não colocará militares em seu possível governo apenas por causa de patentes. Em entrevista ao SBT nesta terça-feira (16), o presidenciável disse não entender o que chamou de “preconceito contra militares” e acusou os governos anteriores de serem “terroristas”.

“Não sei por que o preconceito com os militares. Os governos anteriores tinham terroristas, pessoas da pior estirpe, e nunca questionamos”, disse. “Os militares não estarão no governo por serem militares, mas por terem capacidade”, garantiu o ex-capitão, usando o astronauta e tenente-coronel da Aeronáutica Marcos Pontes, cotado para o Ministério da Ciência e Tecnologia, como exemplo.

Bolsonaro confirmou novamente três nomes que farão parte do seu time de ministros: Paulo Guedes, na economia; Onyx Lorenzoni, na Casa-Civil; e o General Augusto Heleno, na defesa. Ele ainda adiantou que tem outros já acertados. “Temos bons civis ao nosso lado, alguns em pé de reserva para não sofrer retaliações. Temos nomes que vão surpreender a sociedade”, prometeu.

Ainda falando sobre os militares, o candidato disse que nada impede que a classe entre na reforma da Previdência. “A Previdência dos militares é diferente dos outros, podemos propor alguma mudança, mas não podemos igualar aos demais sendo que o trabalho é diferente”, explicou.

Liberalismo

O ex-capitão também reforçou suas posições liberais e disse que pretende usá-las no combate ao desemprego. “Temos que tirar o Estado do cangote de quem dá emprego”, defendeu, dizendo que Paulo Guedes deve comandar essa área de seu governo. “Eu levo sugestões e ele decide, ele é de nossa confiança”, garantiu.

Bolsonaro confirmou mais uma vez que pretende privatizar empresas estatais, mas com cautela. “O que eu chamo de estratégico não será privatizado. Não podemos permitir que país nenhum compre o Brasil, queremos que eles comprem no Brasil”.

O candidato do PSL ainda disse que é contrário a propostas de aumento de impostos para os mais ricos. “No Brasil, não dá para falar em mais ricos. Se aumentar a carga tributária para os mais ricos, o capital vai fugir daqui”, defendeu, prometendo que não haverá aumento de impostos em seu possível governo.

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