Bolsonaro rebate Marina Silva: “Sou vítima da violência que tento combater”
Em sua primeira entrevista em vídeo após o atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG), o candidato à Presidência Jair Bolsonaro rebateu as alegações contra uma de suas bandeiras de campanha feitas pela também candidata Marina Silva (Rede).
Durante sua participação no programa Pânico, no dia 21 de setembro, Marina afirmou que o discurso do candidato de resolver o problema da segurança entregando revólver às pessoas parece um caminho rápido. “Sei que as pessoas estão começando a colocar a mão na consciência e ver que a proposta do Bolsonaro foi desmoralizada em um ato contra ele mesmo. Ele tinha vários policiais armados em volta, segurança pessoal armado em volta. E uma pessoa com uma arma branca chegou e o atingiu em um ato trágico e inaceitável”, declarou Marina.
Bolsonaro enxerga a questão exatamente do lado oposto. Em sua visão, ele também é uma vítima da violência que tenta combater. “Tenho projetos em Brasília inspirados em legislação de alguns estados norte-americanos como o da lei dos três crimes. Lá, se elemento comete três crimes, não interessa quais, começa com 25 anos sem progressão”, afirma. “Copiei esse projeto e botei 10 anos. Vou lutar para que seja aprovado. Pega o elemento que combateu crime bárbaro, tem 50 passagens pela polícia. Não tem condição. Ser humano só respeita o que teme. Se punição é quase inexistente, é estímulo para ser criminoso”.
Sobre a declaração de Marina Silva, Bolsonaro releva seu ataque. Para ele, o ambiente não tem como ser ‘perfeito’, ainda mais na situação de um tumulto, com milhares de pessoas, como foi o seu atentado. “Sempre falamos da possibilidade crescente de [um ataque] acontecer, tendo em vista nosso crescimento”, afirma o candidato.
Questionado se houve algum erro em sua segurança, ou por parte da Polícia Federal, que disponibiliza equipes de segurança para cada candidato, o deputado disse não enxergar culpados. “Não culpo a PF não, ajudaram muito”, afirma. Apesar disso, Bolsonaro confirma que não conseguirá voltar à campanha de rua nesse primeiro momento. “Recomendação é não sair de casa. Se eu levar um esbarrão nessa situação, posso botar tudo a perder. Pretendo a partir do dia 1º, em todo horário eleitoral, fazer lives. A última deu 275 mil pessoas. A aceitação muito boa”, diz.
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