“Carlos Lupi tem a minha confiança cega” afirma Ciro Gomes

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2018 21h50 - Atualizado em 27/08/2018 21h58
NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO Ciro Gomes perdeu a brincadeira com Willian Bonner. Carlos Lupi é réu

Apesar de falar, repetidas vezes, que é contra a corrupção, o candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, defendeu, novamente, o presidente do seu partido Carlos Lupi em sabatina no Jornal Nacional nesta segunda feira e afirmou que ele “tem a minha confiança cega” no líder do partido.

Carlos Lupi responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma possível compra de apoio politico de Dilma Rousseff em 2014; foi delatado por Carlos Miranda e acusado de receber 100 mil reais de mesada no esquema de corrupção do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e a comissão de ética da presidência recomendou a demissão dele enquanto ocupava um cargo no governo Dilma. A demissão ocorreu dias depois; além de ser  réu por improbidade administrativa no Distrito Federal, caso bastante discutido no Jornal.

Ciro Gomes ainda afirmou no passado que se eleito presidente, Carlos Lupi teria qualquer cargo que ele quisesse em seu governo. Na sabatina, o candidato disse que não escolheu “ninguém para ser ministro” e que “nem se quer fui eleito” mas que Carlos Lupi “terá a posição que quiser” porque ele tem a “convicção de que ele é um homem de bem”.

Após este discurso, William Bonner e Ciro Gomes começaram a trocar palavras, como em brincadeira de criança, se ele, Carlos Lupi, é ou não réu. “Não, ele é réu”, disse Willian; “réu ele não é”, rebateu Ciro; “ele é réu”, retrucou Willian; “réu ele com certeza não é”, finalizou Ciro.

Carlos Luppi é réu em ação de improbidade administrativa na Justiça Federal do Distrito Federal. O caso remonta à gestão de Lupi no Ministério do Trabalho e Emprego, no primeiro governo Dilma Rousseff. Segundo o processo, Lupi teve um avião fretado por dirigentes de uma ONG para percorrer sete cidades no Maranhão em agenda oficial do governo gastando cerca de 30 mil reais, ou seja, recebeu vantagem indevida ( passagem paga por terceiros ao invés de ser paga pela união).

Como o próprio Ciro Gomes disse ao final do caso Lupi na sabatina: “Eu to surpreendido neste momento”.

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