Caso eleita, Marina Silva diz não temer pressão de bancada ruralista no Congresso
A candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede) participou na noite desta quinta-feira (30) da série de sabatinas promovida pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. E entre os diversos assuntos tratados pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos, a presidenciável falou sobre agronegócio e seus projetos voltados ao meio-ambiente.
Marina Silva foi questionada primeiramente pela pressão que pode vir a sofrer, caso seja eleita, da bancada ruralista, no Congresso Nacional. E assim como aconteceu em outros momentos da sabatina, a candidata prometeu dialogar com os deputados. Ela aproveitou para relembrar quando foi ministra do Meio-Ambiente, no Governo Lula.
“Eu fui ministra do Meio-Ambiente e dialogava com todos os partidos e com todas as bancadas. Eu quando entrei no Ministério tinha mais de 40 hidroelétricas que não tinham licença e nós limpamos a pauta. O que não dava para fazer, nós dissemos claramente que não dava. As licenças mais difíceis foram na minha gestão”, comentou.
Apesar de permanecer no cargo por mais de cinco anos, seu trabalho frente a pasta foi criticado na época e é lembrado até hoje. Perguntada se ela poderia fazer uma autocritica de suas ações, Maria Silva se esquivou e disse que as “pessoas falam sem ter o devido conhecimento para tal”.
“Durante o período em que fui ministra nunca ninguém me fez pressão para que eu desse uma licença que não tivesse base técnica. Tudo que nós fizemos foi de acordo com a lei, mesmo sem a estrutura adequada. Infelizmente há uma visão de que investir no meio-ambiente gera custos, mas não. Quero mostrar que é possível integrar meio-ambiente e ecologia”, concluiu.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.