Ciro descarta aliança com PSDB, mas admite diálogo depois da eleição
O ex-governador do Ceará e candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, descartou nesta segunda-feira, 21, uma aliança com o PSDB nas eleições deste ano. Eleitoralmente falando, disse, seria um disparate imaginar uma aliança dele com a legenda dos tucanos. “O que o PSDB acabou de fazer com o MDB (na gestão do presidente Temer) é tudo o que não concordo: antinacional, antipobre e antipovo”, declarou o pedetista.
Em sabatina promovida pelo SBT, portal UOL e “Folha de S.Paulo”, Ciro afirmou, no entanto, que é preciso ter “porta aberta” para conversar depois das eleições. “Acredito que, se eu ou o Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano vencermos, o outro pode vir desejar boa sorte e trabalhar no futuro”, ponderou.
Além de descartar o PSDB, Ciro evitou comentar sobre os possíveis nomes para vice em sua chapa. Benjamin Steinbruch, recém-filiado ao PP, Márcio Lacerda (PSB) e Josué Gomes (PR) são “três amigos queridos” e Fernando Haddad (PT) é “maravilhoso”, nas palavras do cearense.
Mas entre eles só houve uma sondagem direta, feita a Josué, filho do ex-vice-presidente de Lula, José Alencar. “Nesse momento, só um companheiro fala por mim nesse assunto, o (presidente do PDT), Carlos Lupi”, disse Ciro.
Instado a comentar sobre a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), Ciro afirmou ainda que considera o deputado “despreparado” e com “soluções graves e toscas” para os problemas do Brasil. “A rigor, gostaria de enfrentá-lo no segundo turno porque me parece o candidato menos difícil de ser derrotado. Você vê que quando o candidato promete distribuir armas, o que ele está prometendo é um banho de sangue”, afirmou Ciro.
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