Ciro volta a prever segundo turno contra Geraldo Alckmin
“Acho que o Alckmin é quem vai para o segundo turno comigo. Minha questão com o Bolsonaro não é com ele, é contra o fascismo”, disse o pedetista, ao ser questionado sobre por quê tem preferido rivalizar com o deputado fluminense em suas aparições públicas.
“Acho que todos os democratas do País temos responsabilidade em arrancar a raiz desse fenômeno protofascista que ele representa, felizmente com grande vulgaridade”, emendou.
Alianças
Ciro e Alckmin ocupam o pelotão intermediário das pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Lula, Bolsonaro e Marina Silva (Rede), e têm se movimentado para disputar, nas ultimas semanas, o apoio de legendas do chamado centrão, como PP, DEM e Solidariedade. Questionado sobre o estado das negociações, Ciro disse que nada vai ser acertado até meados de julho.
“Não vai acontecer, nem comigo nem ninguém, nenhuma aliança antes da travessia do rubicão. Nessa fase, todo mundo está conversando com todo mundo”, minimizou. “Estou animado com essas conversas, mas só vamos assistir algo sobre alianças só em meados de julho, e olhe lá.”
Ciro disse ainda que sua candidatura independe das alianças. “Sou candidato se o PDT quiser e somente se o partido quiser, não depende de nenhuma outra variável. Tudo que acontecer depois é reforço”, disse.
Afago a Beto Albuquerque e aliança com PSB
“Quero muito o apoio do PSB. Se eu vou conseguir ou não, vai depender de muitos fatores, mas eu quero muito. E o Beto Albuquerque é um dos amigos queridos que eu tenho lá”, afirmou Ciro, em referência às declarações do ex-deputado.
Na entrevista, Albuquerque, que foi vice de Marina Silva na eleição de 2014, fez duras críticas à maneira como o PSB conduziu sua participação na corrida presidencial. Ele condenou o fato de a sigla ter abandonado os planos de uma candidatura própria e afirmou que nenhum dos candidatos colocados até o momento é capaz de unificar a legenda.
“Podem fazer as juras de amor que quiserem, não vai adiantar nada. Nem Ciro, nem Marina, nem Alckmin, nem candidato nenhum entre os que estão aí é capaz de unificar o partido”, disse Albuquerque, na entrevista. “Dado que perdemos a oportunidade de estar nesta eleição com um nome nosso, o partido deveria mesmo é se concentrar na eleição de governadores, senadores e deputados no primeiro turno.”
Nos últimos dias, Ciro intensificou as conversas com outros partidos, na tentativa de montar uma aliança ampla para a corrida presidencial. Além de manter conversas com legendas do chamado “centrão” – como DEM, PP e SDD -, o pedetista reforçou os acenos ao PSB e ao PCdoB.
Ciro declarou ainda que é Lupi quem tem autoridade para as fazer as costuras de sua campanha e excluiu novamente o MDB de seu arco de possíveis aliados. “O MDB destruiu o projeto do PT, destruiu o projeto do PSDB e precisa ser destruído”, declarou.
Questionado se partidos com quem tem aberto negociações não teriam o mesmo perfil da sigla do presidente Michel Temer, o pedetista respondeu que o que difere a sigla emedebista é “o tipo de centralidade que o MDB adquiriu pelo volume, tamanho e nível de absoluta falta de pudor republicano ou decência na sua cúpula”.
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