Em anúncio de chapa, Ciro garante limpar nome de brasileiros em quatro meses

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 06/08/2018 13h11 - Atualizado em 06/08/2018 15h00
Bruno Lima/Jovem Pan Ciro Gomes ressaltou a postura da senadora (PDT-TO) durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, participou do anúncio oficial da chapa presidencial, junto de sua vice Kátia Abreu, na sede nacional do partido em Brasília.

Durante sua fala, Ciro criticou o desemprego na país. “Hoje, na hora que nós saímos para nos encontramos aqui, quase 14 milhões de brasileiros começaram de novo a jornada de humilhação procurando a oportunidade de trabalhar. 32 milhões dos nossos nacionais voltam às praças e ruas do Brasil vivendo de bico, correndo do rapa, perseguidos. Desorganizando o comercio formal que paga os impostos”.

Ciro também destacou o aumento de casos de feminicídio e a desmoralização do Estado. “14 mulheres brasileiras serão assassinadas, pelas estatísticas que estamos assistindo. Porque nos últimos 12 meses, 62.500 brasileiros foram assassinados. E nós não conseguimos sequer investigar 10% disso”.

O candidato aprensentou um projeto de desenvolvimento com quatro tarefas de início. A primeira é tirar 63 milhões de brasileiros do SPC. Segundo Gomes, essas pessoas estão excluídas do consumo básico. Diante disso, Ciro garantiu que vai limpar esses nomes em quatro meses de governo.

A segunda tarefa é o investimento empresarial. Segundo o candidato, hoje, o setor privado deve R$ 2 trilhões para o sistema financeiro. “Nós, nos últimos 15 anos, irresponsavelmente, permitimos que se concentrassem em apenas cinco bancos 85% de todas as nossas transações. Os EUA têm 5 mil bancos, o Brasil tem cinco. Isso faz com que eles operem em cartel e isso colapsou o crédito privado. É preciso entrar forte para desfazer esse cartel”, indagou.

Outro ponto do projeto de desenvolvimento são as contas públicas que estão colapsadas, segundo Gomes. “As 200 mil pessoas que vivem na pesquisa e na ciência, com bolsa da Capes, não vão receber… vão sofrer um calote. O país precisa desesperadamente aumentar seu gasto com educação, ciência e tecnologia”, disse.

A última tarefa do plano é uma política industrial de comércio exterior. Ciro lembrou que em 1980, o Brasil tinha um terço da sua riqueza saindo da indústria, e hoje, apenas 11%. “É uma ilusão do PSDB e do PT de que com ciclos de expansões de consumo baseado em importações nós vamos fazer esse país se desenvolver. No governo Lula a expansão do consumo foi generosa, mas na sequência o pais quebra na mão da Dilma porque nós temos um dependência de importados do exterior que vai da roupa aos eletroeletrônicos”, finalizou.

Falando de sua vice, Kátia Abreu, Ciro Gomes, ressaltou a postura da senadora (PDT-TO) durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Ciro, Kátia enfrentou seu partido, na época o MDB, ao defender a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), sua amiga pessoal. “Ela nos deu exemplo de força e compromisso com a democracia. Quando paga o preço por fidelidade, afronta seu partido, a quadrilha de corruptos que dominou a democracia e ajuda a defender o Brasil, resistindo contra o avanço das forças do golpe”, disse o presidenciável.

O presidente nacional do partido, Carlos Lupi (SP), destacou o fato de Kátia ser mulher e representar o agronegócio, “que sustenta o Brasil”. “Principalmente numa sociedade machista, onde a mulher é discriminada, e ainda mais na política. Uma mulher ser vitoriosa é fato raro”, disse. Ele afirmou ainda ter a certeza de que Kátia será uma vice atuante.

A senadora e ex-ministra da Agricultura do governo Dilma, ressaltou qualidades de Ciro Gomes e disse que não é conhecido nada que “manche sua honra”. Ela lamentou a falta de aliança com outros partidos, mas disse que está confiante com a vitória do PDT, mesmo isolado.

“Serei uma vice disciplinada, pronta para atuar, mas sob seu (Ciro Gomes) comando”, disse.

 

 

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