Em carta de oficialização de Haddad, Lula ‘desafia’ procuradores da Lava Jato a apresentarem provas

  • Por Jovem Pan
  • 11/09/2018 18h06 - Atualizado em 11/09/2018 18h07
FRANKLIN DE FREITAS/ESTADÃO CONTEÚDO Ex-presidente continuou investindo em discurso de "perseguição política"

No final da tarde desta terça-feira (11), a Executiva Nacional do PT fez um pronunciamento direto do acampamento montado em frente à sede da Polícia Federal de Curitiba para anunciar Fernando Haddad como substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na chapa presidencial do partido nas eleições de 2018.

Convidado por Gleisi Hoffmann, Luiz Eduardo Greenhalgh, um dos fundadores da sigla, leu uma carta escrita pelo próprio ex-presidente preso. Além de reiterar o discurso de “perseguição política”, ele destacou a “lealdade” do ex-prefeito de São Paulo e “desafiou” os procuradores da Lava Jato a apresentarem provas contra ele.

“Há mais de cinco meses estou preso injustamente. Continuo desafiando os procuradores, o juiz Sérgio Moro e o TRF-4 a apresentarem uma única prova contra mim, pois não se pode condenar ninguém por crimes que não praticou (…). Minha condenação é uma farsa judicial, uma vingança política. Eles não querem prender e interditar apenas o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. Querem prender e interditar o projeto de Brasil que a maioria aprovou em quatro eleições consecutivas, e que só foi interrompido por um golpe contra uma presidenta legitimamente eleita, que não cometeu crime de responsabilidade”, disse, fazendo referência ao impeachment de Dilma Rousseff.

Citando o documento produzido pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, criticou ainda as “aberrações cometidas por Sergio Moro e pelo Tribunal de Porto Alegre” e disse que retirá-lo das propagandas eleitorais é como “censurá-lo na época da ditadura”.

Em seguida, apresentou o ex-prefeito como líder da chapa destacando sua “extrema lealdade” e relembrando a época em que atuou como ministro da Educação. Manuela D’Ávila do PCdoB também foi oficializada como vice.

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