Em considerações finais de debate, candidatos falam em união e repudiam ódio
Nas considerações finais do debate presidencial promovido pela TV Gazeta, o jornal O Estado de S. Paulo e as rádios Jovem Pan e Eldorado, os candidatos ao Palácio do Planalto lembraram do atentado ao deputado Jair Bolsonaro (PSL). Ao repudiar o ódio e a violência, eles pediram a união para um novo governo.
Confira as considerações finais:
Marina Silva (Rede)
Ao lembrar das dificuldades de sua campanha eleitoral, como a falta de tempo na TV, Marina Silva afirmou que entrou na disputa para ‘oferecer a outra face’. ‘Para a face do ódio, o amor. Para a face da violência e do desrespeito, tolerância e respeito com as ideias dos outros’. A candidata lembrou do assassinato de Marielle Franco, o atentado a caravana de Lula e Jair Bolsonaro e chamou principalmente as mulheres. ‘Não vamos chegar a lugar nenhum com o país dividido. Quero chamar você, mulher, para fazermos um grande movimento para unir o Brasil’.
Alvaro Dias (Podemos)
Alvaro Dias citou a descrença dos brasileiros na política e prometeu romper com a corrupção. ‘Teria constrangimento de apresentar qualquer proposta se antes não assumisse o compromisso de romper com esse sistema. Se preservarmos esse sistema, ele continuará sendo essa fábrica de barões da corrupção do País’. ‘O ódio cega a inteligência. O nosso repúdio a quem pratica a violência e a quem estimula a violência. O Brasil precisa abrir o olho’.
Geraldo Alckmin (PSDB)
‘O Brasil já errou. Já erramos e vimos as consequências. Estamos preparados para fazer um grande esforço em torno da reforma tributária, da mudança política e da reforma do Estado para que o País se encontre’, prometeu Alckmin ao citar a vice Ana Amella e defender a pacificação.
Ciro Gomes (PDT)
Ciro Gomes citou as minorias e convidou os brasileiros a estudarem as propostas de cada candidato. ‘O Brasil não pode continuar com 63 milhões de pessoas humilhadas com seu nome no SPC […] com 13 milhões de desempregados […]’.
Henrique Meirelles (MDB)
Meirelles relembrou as conquistas anteriores e disse ter a resposta para o futuro. ‘Tenho profundo desejo de melhorar a vida dos brasileiros que estão sofrendo’. ‘Tirei o Brasil da maior recessão da história. Junto com vocês, vamos criar mais 10 milhões de emprego’.
Guilherme Boulos (PSOL)
Ao lembrar o assassinato de Marielle Franco, Boulos falou da ‘escalada de ódio’ no país e associou o momento ao sistema de privilégios e desigualdade. ‘A crise no Brasil é profunda, não é apenas econômica, política. É uma crise de destino, ética. Sou o único candidato com condições de enfrentar esse sistema porque não tenho rabo preso’.
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