Fusão Boeing e Embraer: o que pensam os principais candidatos
A negociação entre a Boeing e Embraer é um assunto que cresceu nos últimos dias. Existe a expectativa de que o Palácio do Planalto dê a palavra final sobre a fusão dias após o segundo turno das eleições. O governo, que detém uma ação especial – chamada golden share – na empresa brasileira, precisa dar um aval para que as companhias sigam com as negociações. A terceira empresa, criada pelas duas, seria controlada pelos norte-americanos e seria dedicada à aviação comercial. Além disso, a parceria serviria também para a comercialização do novo cargueiro brasileiro KC-390.
Confira o que pensa cada candidato:
Caso seja eleito, o militar da reserva já indicou que o sinal verde será dado ao governo Michel Temer para que dê o aval ao negócio. A fusão entre as empresas não é bem vista em alguns setores militares. Entretanto, a equipe de Bolsonaro defende a decisão baseada em um estudo técnico realizado por entusiastas do negócio, entre eles, o ex-presidente da Embraer Ozires Silva.
O governo do PT é contrário à negociação. Em eventual vitória, Haddad tentaria barrar ou reverter a fusão. A campanha do ex-prefeito informou que “irá tomar todas as medidas jurídicas para preservar os interesses nacionais” na Embraer. A equipe de Haddad avalia como “ilegítima” eventual decisão do governo Temer com o negócio – decisão classificada como uma “entrega da Embraer para a Boeing”.
O pedetista defende no programa de governo que um eventual acordo entre Boeing e Embraer deve ser revertido recomprando as ações e pagando as devidas indenizações.
O tucano apoia a fusão das empresas. “A operação com a Boeing permitirá à Embraer garantir a perpetuidade de seus negócios, aumentar seu investimento em pesquisa e desenvolvimento assim como a geração de empregos e exportações”, disse a campanha em nota.
Marina Silva (Rede Sustentabilidade)
A candidata da Rede não se posicionou, entretanto, classificou a negociação como “bastante complexo” e que “apresenta alguns elementos preocupantes, em especial a venda de 80% do principal negócio da Embraer”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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