Mourão diz que processará Geraldo Azevedo por ‘declaração difamatória’; músico se retrata
Em nota divulgada à imprensa na tarde desta terça-feira, 23, o PRTB, partido coligado ao PSL na chapa do candidato à presidência Jair Bolsonaro, e o vice General Hamilton Mourão afirmaram que irão abrir um processo por “declaração difamatória” contra o cantor e compositor Geraldo Azevedo.
O músico disse, durante um show no final de semana na Bahia, que foi torturado pelo general quando foi preso na época da ditadura militar. Mourão, no entanto, alega que em 1969, ano em que o artista foi preso, ele ainda nem havia ingressado no Exército. “Ele me acusa de tê-lo torturado em 1969. Eu era aluno do Colégio Militar em Porto Alegre e tinha 16 anos. É uma coisa tão mentirosa”, afirmou.
Geraldo Azevedo em show em Jacobina- BA.
Vejam o que ele diz! pic.twitter.com/yGsxdquBlq— Tamine Lira (@taminebb) October 22, 2018
“É incongruente a afirmação de Geraldo Azevedo, que diz que foi torturado pelo aqui declarante, por volta de 1969. Trata-se, portanto, de uma fake news, no desespero de se criar fatos novos pelos simpatizantes da chapa concorrente de Fernando Haddad e aliados”, completa a nota assinada pelo presidente do partido, Levy Fidelix.
Azevedo, após a repercussão, negou que o candidato a vice estava entre os militares que o torturaram e, também em nota, pediu desculpas “pelo transtorno causado e pelo equívoco”, reafirmando sua opinião de que “não há espaço no Brasil para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e cerceia a liberdade de imprensa”.
As declarações do cantor foram citadas pelo candidato do PT, Fernando Haddad, em sabatina no jornal “O Globo”. Quanto a isso, Mourão e Levy também disseram que tomarão “as devidas providências judiciais”.
Confira aqui a íntegra do comunicado:
Nota à imprensa.
O PRTB, partido coligado ao PSL na chapa Jair Bolsonaro para presidente da República e General Hamilton Mourão para vice-presidente, vem esclarecer o seguinte sobre as aleivosias proferidas pelo cantor/compositor Geraldo Azevedo, e ainda informar que abrirá processo por declaração difamatória do mesmo, contra o mui digno Mourão.
Tal nota se impõe fazê-la perante o eleitorado brasileiro que, diuturnamente, sofre com informações distorcidas pelos meios de comunicação e mídia em geral. É incongruente a afirmação de Geraldo Azevedo, que diz que foi torturado pelo aqui declarante, por volta de 1969.
O atual candidato a vice-presidente nem sequer havia entrado no Exército neste ano. E sim, era aluno do Colégio Militar, em Porto Alegre, com apenas 16 anos.
Trata-se, portanto, de uma fake news, no desespero de se criar fatos novos pelos simpatizantes da chapa concorrente de Fernando Haddad e aliados.
A coligação PRTB/PSL, diante de tamanho descalabro e inverídica notícia, aguarda da população brasileira e da mídia em geral a devida maturidade para considerar tamanha descompostura por parte de seus difamadores, que tentam confundir o eleitorado brasileiro, hoje, mais do que nunca, convicto da opção por Jair Bolsonaro e General Mourão, seja no 1o ou no 2o turno.
Quanto à questão da repercussão das frases do candidato Haddad, que reproduz tais fakes, também tomaremos as devidas providências judiciais.
Assinado:
Levy Fidelix – presidente nacional do PRTB
General Hamilton Mourão – candidato à vice-presidência na coligação PSL/PRTB
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.