Haddad diz que não irá ao debate da TV e pensa em evento paralelo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/08/2018 12h23 - Atualizado em 09/08/2018 15h26
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EFE/Fernando Bizerra Jr Fernando Haddad durante entrevista de imprensa em que foi anunciado como vice na chapa de Lula à Presidência

O candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, afirmou na manhã desta quinta-feira, 9, que não vai à plateia do debate da TV Bandeirantes no período da noite.

Na edição de hoje, o jornal Folha de S. Paulo trouxe reportagem que mostrava que Haddad e Manuela D’Ávila (PCdoB) – que deve ser a vice, se Haddad assumir a vaga do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril, na cabeça da chapa petista – estudavam ir ao debate na plateia, como convidados.

Perguntado se o partido vai realizar um debate paralelo, Haddad respondeu: “Estamos pensando em fazer.”

Coalizões

Haddad, que participa nesta quinta-feira de evento com presidenciáveis organizado pelo BTG Pactual, afirmou ainda que a campanha petista foi a mais exitosa em formar coalizões na centro-esquerda. Na semana passada, o PSB acertou neutralidade nacional com o PT em troca de palanques regionais. A medida isolou o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes (PDT).

Ao comentar alianças estaduais do PT com partidos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Haddad se esquivou e disse que “houve reposicionamentos” em algumas siglas.

Críticas de Ciro

No mesmo evento, na quarta à noite, Ciro criticou o acordo do PT com o PCdoB. “Haddad e Manuela são queridos amigos, mas eu estou preocupado. Isso é um convite à nação para dançar na beira do abismo”, afirmou Ciro, ao comentar o que tem sido chamado de “chapa tríplex” – Lula, Haddad e Manuela. “Isso gera confusão. O povo está sendo enganado”, afirmou o pedetista aos jornalistas após sua participação na sabatina.

Mesmo diante do ataque de Ciro, Haddad se esquivou de criticar o pedetista. “Eu e Ciro temos respeito antigo mútuo, desde quando fomos ministros no primeiro governo Lula. Mas temos avaliação diferente sobre a situação de Lula. Eu acho que desrespeito ao eleitor é abrir mão de Lula”, afirmou.

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