JN: Haddad nega ‘conspiração’, mas afirma que o Judiciário não é ‘infalível’
Nesta sexta-feira (14), o candidato à presidência da República pelo PT Fernando Haddad foi o último entrevistado na série de sabatinas realizada pelo Jornal Nacional na Rede Globo. Em um dos momentos mais tensos da conversa, o apresentador William Bonner o questionou sobre o motivo pelo qual os petistas em geral criticam o Judiciário brasileiro e falam que houve uma “conspiração” na condenação de muitos deles – sendo que a maioria dos magistrados foi indicada pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Haddad se limitou a dizer que essas informações eram a prova de que o ex-presidente nunca partidarizou o judiciário. “Nós nunca partidarizamos o judiciário. Isso mostra que Lula jamais indicou ministros pensando em como eles iriam votar futuramente. Mas isso não significa que o Judiciário não possa errar”, declarou.
Segundo os números de Bonner, no Supremo Tribunal Federal, 7 ministros, dos atuais, foram indicados nos governos petistas; 28 foram indicados ao Superior Tribunal de Justiça; 92 foram indicados como desembargadores e 22 foram indicados como magistrados no TRF-4 (o mesmo que condenou Lula em segunda instância).
Haddad ainda ressaltou novamente que não houve conspiração e nem isenção da justiça em alguns julgamentos, como dizia a pergunta, mas que houve erros do Judiciário, especialmente no caso do do ex-presidente. Completou dizendo que “se o Judiciário fosse infalível, não precisaria ter recursos e bastaria um juiz de primeira instância”.
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