João Amoêdo explica como atingiu seu patrimônio

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2018 13h35 - Atualizado em 04/09/2018 13h42
Johnny Drum/Jovem Pan João Amoêdo O candidato à presidência participou do Pânico desta terça-feira (4)

O candidato à Presidência da República João Amoêdo (Novo) declarou patrimônio de R$ 425 milhões à Justiça Eleitoral, o que o coloca como candidato mais rico entre todos os concorrentes ao cargo mais alto do Planalto. Em entrevista ao Pânico desta terça-feira (4), o empresário pontuou o passo a passo de como enriqueceu com o seu trabalho.

Começando como estagiário no Citibank até ver o seu negócio ser adquirido pelo bando Itaú, Amoêdo mostrou que assumiu grandes riscos e trabalhou muito para chegar aonde chegou financeiramente.

“Eu comecei trabalhando no Citibank como estagiário. Fiz engenharia, fiz administração de empresas. Uma pela manhã e outra pela noite. Também fazia estágio em engenharia de produção. Depois acabei entrando no Citibank como trainee e fiquei três anos. Tive um convite para vir a São Paulo que estava começando, que tinha 20 pessoas. Quando fui pedir demissão para o meu chefe, ele me chamou de maluco. Eu tinha 25 anos e quis tomar riscos”, disse.

O candidato passou pelo grande momento que virou a sua vida. Amoêdo investiu para ser acionista de uma empresa de financiamento de automóveis do Mappin, que estava falindo. O bancário levantou a empresa, tornando-a uma das melhores para se trabalhar na época. Ela acabou sendo adquirida pelo Itaú.

“Comecei nesse outro banco como gerente, depois virei diretor regional, diretor executivo e aí como era banco de investimento, tinha a ideia de que todos participam dos lucros. Em determinado momento compramos uma empresa de financiamento de automóveis do Mappin. Colocamos um time para tocar e estava indo mal. Em determinado momento eu assumi o risco de tocar a empresa, mas queria ser acionário. Deixei de ganhar mais para poder ser acionista. Colocamos a empresa para ter lucro em 3 anos e quatro anos depois o Itaú pagou quatro vezes o que tinha pago. Aí dei uma alavancada nisso, assumindo riscos e pegando desafios. Se você trabalha, estuda e assume riscos, tem chance de ir bem”, completou.

O país dificulta a vida do empreendedor

Com o país burocrático em que vivemos, como alguém pode tentar empreender para se tornar um novo João Amoêdo? O líder do Partido Novo reafirma a dificuldade de ser um empresário, apontando que o Brasil deixou de ser uma terra de oportunidades para virar uma de privilégios.

“O modelo atual desincentiva as pessoas a correrem riscos e precisamos mudar isso. É difícil porque o Brasil faz tudo contra o livre empreendedor. Tanto que o Brasil deixou de ser uma terra de oportunidades para virar uma terra de privilégios”, lamentou.

O político acredita que ganhou mais moral com a população mesmo com um grande patrimônio, já que muitas acreditarão na sua índole e de que não necessita roubar os impostos dos contribuintes.

“Eu sabia que seria questionado sobre o meu patrimônio. Mas as pessoas pensam que uma pessoa dessas não vai entrar na política para roubar, pois ele não precisa”, concluiu.

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