Lava Jato pede à Justiça que proíba Gleisi Hoffmann de visitar Lula como advogada
Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato querem que a Justiça proíba Gleisi Hoffmann de visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sua advogada. O pedido foi apresentado pelo Ministério Público Federal à juíza Carolina Lebbos Moura nesta terça-feira (14), um dia antes da data máxima de registro de candidaturas no TSE.
Qualificada como defensora jurídica, a presidente do PT passou a ter o direito de visitá-lo na cela em que se encontra na sede da Polícia Federal em Curitiba. O texto afirma que os petistas transformaram o local em “comitê de campanha”, o que não poderia acontecer, já a pena é de “regime fechado e não regime penal diferenciado”.
“Esse regime de pena foi imposto pelo TRF da 4ª Região, referendado pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, que, por certo, conhecem as regras de execução penal em regime fechado, que não se coaduna com visitas para fins políticos”, diz.
Os procuradores afirmam ainda que Hoffmann havia se habilitado inicialmente para fazer visitas como amiga do ex-presidente e em seguida fez outro pedido como advogada, “passando a visitá-lo com frequência inusual para quem não exerce efetivamente a defesa em autos judiciais”. “Tal conduta revela abuso e não uso regular das prerrogativas do advogado (…). A prerrogativa do advogado permite o exercício legítimo do mandato conferido pela parte, não o abuso ou a visita para fins políticos”, completa.
São citados mais quatro homens de confiança que também viraram “advogados” no processo: o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (nome que será registrado como vice na chapa presidencial), Wadih Damous, Luiz Carlos Sigmaringa Seixas e Emídio Pereira.
“Isto posto, requer, inicialmente, seja oficiada a Autoridade Policial para que esclareça os fatos acima relatados, bem assim, apresente a lista de visitantes do custodiado Luiz Inácio Lula da Silva, desde o respectivo encarceramento. Requer, outrossim, seja indeferida a atuação como Advogada nestes autos da Senadora Gleisi Hoffmann”, finaliza o pedido.
Com informações do Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.