Le Pen atribui ascensão de Bolsonaro à insegurança e dispara: ‘Diz coisas desagradáveis’
A líder da extrema direita na França, Marine Le Pen, participou do programa “4 verdades”, do canal France 2, e falou sobre o candidato à presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro.
A apresentadora Caroline Roux questionou Le Pen se ela gostaria que o ex-militar da reserva vencesse a eleição no Brasil. Em tom de esquiva, a política disse que cabia ao povo brasileiro decidir isso e que ela respeita a soberania dos povos.
Marine também atribuiu o sucesso de Bolsonaro na primeiro turno ao fato dele se basear em temas como segurança pública e corrupção. Ela trouxe dados da criminalidade no Brasil e comparou os 60 mil homicídios por ano, contra os 700 casos na França. De acordo com a direitista, a votação expressiva se deve a uma “reação” da população a esse ambiente inseguro.
“É uma criminalidade endêmica que atinge a liberdade dos brasileiros e, diante da tolerância do governo anterior, os brasileiros lançaram o alerta de que a segurança é uma prioridade para eles”, disse Le Pen.
Sobre os excessos de Bolsonaro, como a fala de que preferia ver seus filhos mortos em vez de homossexuais e que mulheres grávidas são um fardo para empresas, Marine disparou: “Não vejo o senhor Bolsonaro como um candidato de extrema direita, ele diz coisas extremamente desagradáveis que são intransponíveis na França, são culturas diferentes”.
Le Pen ainda reforçou a distância entre ela e o ex-militar da reserva. “Desde que um candidato fala coisas desagradáveis, na França ele é catalogado de extrema direita”, disse.
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