Marcio França diz que Bolsonaro ‘representa frustração’ e Haddad é ‘tucano no PT’
Em entrevista ao Pânico nesta quinta-feira (18), o candidato ao governo de São Paulo Marcio França (PSB) comentou sobre o segundo turno das eleições presidenciais, entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Para França, Haddad parece um “tucano filiado ao PT”, enquanto Bolsonaro “representa a frustração de todo mundo”.
O atual governador paulista disse que Bolsonaro passa sinceridade em seu discurso. “Você pode até não concordar com o que o Bolsonaro está falando, mas ele não parece estar mentindo”, explicou. França acredita que o ex-capitão representa a frustração da população, não uma renovação na política. “Ele representa a frustração de todo mundo. Ele não é uma pessoa desconhecida, nem de fora da política, muito pelo contrário”, disse.
O candidato ainda lembrou que a campanha do presidenciável teve uma característica muito peculiar após o atentado sofrido por ele em setembro. “Houve um episódio que não é normal, que é a história da facada. No Fantástico, foram dois blocos falando desse assunto. Ele foi poupado de algumas coisas”, analisou, dizendo que o fato de Bolsonaro ter ficado internado por muito tempo fez com que os outros candidatos o atacassem menos.
Por outro lado, França vê Fernando Haddad como um “tucano”. “Ele parece um tucano filiado ao PT. Ele é simpático, é leve”, disse, fazendo relação ao PSDB. Mas ele reforça que o partido de Haddad não o ajuda. “As pessoas não gostam do PT”, cravou, lembrando que o candidato do seu partido nas eleições de 2014, Eduardo Campos, teria grandes chances de ser eleito se não tivesse morrido em um acidente de avião naquele mesmo ano.
Nova geração
Marcio França também comentou sobre os novos nomes que foram eleitos para a Câmara dos Deputados, muitos deles em sua primeira vez na política. Falando principalmente sobre Kim Kataguiri (DEM), Arthur do Val (DEM) e outro membros do MBL, o candidato disse que pensa de forma diferente deles.
“Essa nova geração pensa diferente do que eu penso, são meninos de outra geração”, afirmou. Nascido em 1963 e vivendo toda sua juventude durante a ditadura militar, ele lembrou que os jovens deputados viveram um Brasil diferente do dele. “Meu sonho era falar em público e eu era proibido. Queria votar para prefeito e não podia. Eles não passaram nenhuma dificuldade que eu passei”, disse o candidato paulista.
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