Metade dos brasileiros quer Lula fora das eleições, diz Datafolha
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (1) mostra que pouco mais da metade dos brasileiros (51%) entendem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado em 2ª instância a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, deveria ser impedido de participar da eleição presidencial deste ano.
Por outro lado, 47% dos entrevistados entendem que o petista deve participar do pleito eleitoral. Apenas 2% não souberam responder. O resultado revela um empate técnico, uma vez que os números se igualam dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
A pesquisa apontou também que a maioria dos brasileiros (53%) acha que Lula deveria ser preso, contra 44% que são contra o encarceramento do petista.
Com a condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no âmbito da Lava Jato, caso do triplex do Guarujá, Lula está inelegível de acordo com a Lei da Ficha Limpa.
No entanto, seus aliados consideram a condenação injusta e pretendem arrastar a candidatura com recursos aos tribunais superiores. O ex-presidente já foi inclusive lançado como pré-candidato pelo PT, que insiste na tese de que “eleição sem Lula é fraude”.
Apoio a Lula cresce no nordeste
Segundo o Datafolha, a região que mais apoia a candidatura de Lula é o nordeste, onde 71% dos eleitores querem ver o petista nas urnas. Na região norte do Brasil, a maioria também defende a participação do ex-presidente, mas o índice cai para 53% pró-Lula.
Já no restante do País, 60% dos eleitores se opõem à candidatura do petista.
O instituto aponta ainda que os grupos que mais defendem o impedimento de Lula são os eleitores com ensino médio (55%) e superior (67%). A defesa da saída de Lula das urnas aumenta conforme cresce a renda dos entrevistados.
Cerca de 60% dos trabalhadores com renda familiar mensal acima de dois salários mínimos querem Lula fora da disputa, número que cresce a 70% entre os que ganham mais de 10 salários mínimos.
Foram ouvidas 2.826 pessoas entre 29 e 30 de janeiro, alguns dias após a confirmação da condenação do ex-presidente pelo TRF4 e seu aumento de pena.
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