Na Bahia, Boulos defende diversidade de candidaturas de esquerda

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/06/2018 13h32
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João Henrique Moreira/Jovem Pan Boulos também disse que "ninguém está esperando decisões do PT" e se recusou a comentar os possíveis substitutos do ex-presidente Lula

O pré-candidato do PSOL ao Palácio do Planalto e coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, defendeu na manhã desta terça-feira, 5, a “diversidade do campo de esquerda” – e disse não temer que o segundo turno das eleições presidenciais aconteça sem um representante da oposição. Durante a atividade que participou na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, Boulos também atacou o pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro.

As declarações do pré-candidato do PSOL foram dadas um dia depois de a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB, sinalizar uma possível unificação das chapas de esquerda. Para Boulos, “o pensamento único não interessa a ninguém” e “nenhuma pré-candidatura existe por acaso”.

“Não temo (que a esquerda não vá ao segundo turno), porque, se você pegar as candidaturas de centro-direita e de direita no Brasil, todas elas são Temer. Algumas são Temer disfarçado, outras são Temer assumido. O Temer é o governo com maior rejeição da história republicana. É difícil achar na rua quem aprove o Temer. É mais difícil que achar torcedor da Portuguesa de Desportos. E não acredito que o povo vai colocar no segundo turno duas candidaturas que represente Temer”, avaliou.

Boulos também disse que “ninguém está esperando decisões do PT” e se recusou a comentar os possíveis substitutos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em caso de impugnação da candidatura do líder petista pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Eu não sou militante do PT, eu não posso dizer os caminhos que o PT vai tomar”, disse, ao chegar à Escola de Dança da UFBA.

O pré-candidato do PSOL ainda atacou Jair Bolsonaro. “O Bolsonaro se aproveita de um momento de fragilidade da sociedade brasileira, de um momento de medo e de insegurança. Quando as pessoas estão com medo, elas ficam vulneráveis ao ódio, ao discurso de que a solução é na porrada. É dessa maneira que o Bolsonaro faz o populismo da violência, o seu populismo da intolerância. Mas eu não acredito que esse tipo de discurso e de prática tenha condições de ganhar as eleições no Brasil. O povo brasileiro vai saber desmascarar essa farsa. O Bolsonaro é um impostor”, afirmou.

Boulos foi acompanhado pelos pré-candidatos do PSOL ao governo da Bahia e ao Senado, Marcos Mendes e Fábio Nogueira, respectivamente, e pelo vereador da legenda em Salvador Hilton Coelho, que disputará uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia em outubro. Antes do evento, eles fizeram reuniões para alinhar o discurso com vistas às campanhas eleitorais do PSOL na Bahia.

Na Bahia, onde fica até quarta-feira, 6, o pré-candidato do PSOL também visitará terreiros de candomblé, comunidades populares em Feira de Santana, segundo maior município do Estado, e fará debates na Faculdade de Direito da UFBA e na Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

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