No JN, Bolsonaro diz que General Mourão foi infeliz em declarações: ‘deu uma canelada’
No dia seguinte ao primeiro turno das eleições 2018, o Jornal Nacional da TV Globo exibiu uma breve entrevista ao vivo com os dois candidatos à presidência da República que seguirão na disputa: Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. O primeiro a responder foi o petista, seguido pelo candidato do PSL.
O militar iniciou a entrevista agradecendo os quase 50 milhões de votos recebidos neste domingo (7) e foi questionado pelos apresentadores sobre as declarações de seu vice, general Hamilton Mourão, que classificou a Constituição de 1988 como “um erro” e falou de um “autogolpe” em hipótese de anarquia.
Bolsonaro rechaçou as declarações e disse que Mourão – chamado por ele duas vezes erroneamente de “Augusto Mourão” – foi infeliz. “Ele é general e eu sou capitão. Mas eu sou presidente. Eu o desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais posso admitir uma nova constituinte. E a questão do autogolpe, eu não entendi o que ele disse, mas isso não existe”.
O candidato do PSL falou ainda que faltou experiência política ao vice e que, se está disputando as eleições presidenciais, é porque acredita no voto popular, prometendo ser “escravo da Constituição” caso seja eleito. Disse também que é necessário ter um governo com autoridade, mas sem autoritarismo.
“O que falta um pouco ao General Mourão é tato, um pouco de vivência com a política. Mas ele rapidamente se adequará à realidade brasileira e à função tão importante que é a dele. General Mourão, eu agradeço a participação, mas nesses dois momentos ele foi infeliz. Deu uma canelada”, concluiu o candidato.
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