O que fez os candidatos à Presidência ganhar e perder fãs no Facebook?
Em parceria com a SocialBakers, a Jovem Pan News analisou o perfil dos 8 principais candidatos à Presidência da República para entender os motivos de queda ou aumento repentino na base de fãs no Facebook. A análise aconteceu entre os dias 1 e 26 de setembro de 2018 e a metodologia baseou-se em identificar picos numéricos em comparativo com as principais manchetes do dia.
Alvaro Dias (PODEMOS)
Além de um debate eleitoral quente na TV Aparecida, com direito a enfrentamento com Fernando Haddad (PT) e acusações de que o candidato petista era “porta-voz do caos”, Alvaro dias perdeu 3.751 fãs entre os dias 20 e 21 de setembro, período também em que protagonizou uma discussão com Flávio Bolsonaro que pautava a declaração afirmativa de que Jair Bolsonaro já estava morto. O período citado foi o que mais gerou interações em sua página, mais de 160 mil.
Até o final da análise, Alvaro Dias ainda não havia recuperado os números perdidos.
Cabo Daciolo (PATRIOTAS)
Depois de 21 dias recolhido para meditar em um morro no Rio de Janeiro, Cabo Daciolo ganhou 10.194 fãs após sua performance no debate SBT, Folha de S. Paulo e Uol, que aconteceu no dia 26 de setembro. Com grande repercussão nas redes sociais, Daciolo conquistou mais de 400 mil interações no período analisado.
O candidato, que alega ter gasto pouco mais de R$ 700 em sua campanha, conquistou um alto engajamento orgânico com suas iniciativas online.
Ciro Gomes (PDT)
O candidato Ciro Gomes teve um crescimento sólido durante todo o tempo de análise. O pico de novas curtidas aconteceu no dia 6 de setembro, quando a pesquisa IBOPE mostra um avanço nas intenções de voto ao candidato. Neste mesmo dia, Ciro fazia uma visita ao nordeste do país em busca dos votos de Lula, o que ele chamou de ‘pote de ouro’.
A página de Ciro Gomes obteve mais de 2 milhões de interações durante o período.
Fernando Haddad (PT)
Assim como Ciro Gomes, Haddad tem um crescimento sólido em sua página no Facebook. Entre os dias 11 e 19 de setembro nota-se um crescimento expressivo nos likes, totalizando 107.319 mil novos fãs. Somente no dia 15 de setembro, maior pico registrado, o candidato à Presidência conquistou 20.762 likes, resultado da pesquisa DataFolha que colocava Haddad e Ciro empatados nas intenções de voto.
A página de Fernando Haddad obteve mais de 4 milhões de interações durante o período.
Geraldo Alckmin (PSDB)
O momento de glória de Geraldo Alckmin aconteceu em 1º de setembro, um dia após o inicio da propaganda eleitoral gratuita na televisão. No dia, a página do candidato registrou 23.817 novas curtidas, reflexo de Alckmin ser o candidato com maior tempo de televisão: 5 minutos e 32 segundos.
Em relação as interações, Alckmin perde para Ciro e Haddad, somando pouco mais de 1 milhão.
Guilherme Boulos (PSOL)
Apesar de também apresentar consistência nos números, Guilherme Boulos tem um apelo menor na rede social. Em todo período analisado ele conquistou apenas 58.714 novos fãs. O pico de likes aconteceu em 18 de setembro, dia que o candidato discursou contra voto útil anti-Bolsonaro e também declarou a concessão de induto para Lula em caso de vitória.
Boulos empata com Alckimin quando o assunto é interações, também com pouco mais de 1 milhão.
Jair Bolsonaro (PSL)
Com o aumento de fanbase mais representativo da análise, a página de Jair Bolsonaro teve seu pico de likes no dia 16 de setembro. Na data, o candidato fez sua primeira transmissão ao vivo, dentro do hospital, após o atentado que quase tirou sua vida. Com choro no rosto e discurso de que o PT quer fraudar a eleição, Bolsonaro conquistou em um único dia 124.823 novos fãs.
Com militância e opositores fortes e bastante presentes, a página de Bolsonaro recebeu mais de 12 milhões de interações no período.
Marina Silva (REDE)
Marina Silva foi a candidata com menor crescimento durante a análise. Assim como Alckmin, a página de Marina teve o maior pico de crescimento no dia 1º de setembro, logo após o início da propaganda eleitoral.
No quesito interações, ela continua se igualando a Alckmin, com pouco mais de 1 milhão.
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