Partido de Levy Fidelix oferece General Mourão para a chapa de Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 31/07/2018 16h09 - Atualizado em 31/07/2018 16h12
Divulgação Exército Brasileiro Divulgação Exército Brasileiro Mourão voltou a entrar no páreo após oferta de Levy Fidelix

O partido nanico PRTB, comandado por Levy Fidelix, ofereceu ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) o nome do general Antonio Hamilton Mourão para a vaga de vice na chapa do deputado. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Por outro lado, aumentou a chance de ser escolhida para o posto a jurista Janaína Paschoal, que esteve junto de Bolsonaro durante noite desta segunda (30) na participação dele no programa Roda Viva. Após contestado discurso no lançamento da candidatura do deputado, Janaína e Bolsonaro teriam aparado as arestas e faltaria apenas o “sim” da advogada do impeachment, que consulta sua família.

Enquanto isso, Levy Fidelix informou aos aliados de Bolsonaro que está disposto a abrir de sua tradicional candidatura ao Planalto para ofertar Mourão. Hamilton Mourão é presidente do Clube Militar e é considerado influente no Exército.

Bolsonaro chegou a tentar atrair outro militar, o general da reserva Augusto Heleno (PRP), que chegou a acordar pessoalmente com o candidato. Mas ninguém da turma do candidato havia conversado com os líderes partidários do PRP.

Diferente de Janaína (PSL), que formaria “chapa pura” com o candidato, o general Mourão acrescentaria com o PRP mais três segundos aos oitos de que disponibilizará Bolsonaro durante cada bloco de 25 minutos de horário eleitoral no rádio e na TV, além de sete inserções de 30 segundos.

O astronauta Marcos Pontes e o príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança ainda estão no páreo, embora com menos chance para integrar a chapa de Bolsonaro, informa a Folha.

Intervenção?

Em setembro do ano passado, durante palestra em loja maçônica em Brasília, o general do Exército da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão falou por três vezes na possibilidade de intervenção militar diante da crise enfrentada pelo País, caso a situação não seja resolvida pelas próprias instituições. A afirmação foi dada na época em que foi apresentada a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, por participação em organização criminosa e obstrução de justiça.

“Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, disse Mourão à época. “Os Poderes terão que buscar uma solução, se não conseguirem, chegará a hora em que teremos que impor uma solução… e essa imposição não será fácil, ela trará problemas”, declarou também.

Apesar de defender “algum tipo de intervenção para colocar ordem na casa”, Mourão negou, no entanto, que estivesse se referindo à intervenção militar.

O ministro da Segurança Pública Raul Jungmann e o general Eduardo Villas Bôas, que também se envolveu mais recentemente em uma polêmica sobre a intervençãodecidiram não punir Mourão à época, para não transformá-lo em um “herói interno”.

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