“Pelo que vejo nas ruas, não aceito resultado diferente da minha eleição”, diz Bolsonaro

  • 28/09/2018 19h25
Jovem Pan Em nova entrevista, Bolsonaro diz não aceitar outro resultado que não seja sua eleição

Depois de conversar com Augusto Nunes para a Jovem Pan, o candidato à presidência Jair Bolsonaro, internado no Hospital Albert Einstein em São Paulo, concedeu entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, nesta sexta-feira (28). Citando o “carinho” que recebe da população nas ruas, ele afirmou não aceitar outro resultado que não seja sua eleição. “Pelo que vejo nas ruas, não aceito resultado diferente da minha eleição”, disse.

Comemorando o fato de ser muito exaltado pelos populares na campanha, Bolsonaro disse que as ruas mostram que a única chance de ele perder a eleição presidencial é com uma fraude. “Quando o PT ia pra rua, seja o Lula ou o Haddad, era vaiado, xingado, hostilizado. [A chance do PT ganhar] É só na fraude. Lamentavelmente, não tem como auditar [os votos]”, afirmou o candidato, voltando a defender o voto impresso. Segundo o ex-deputado, a prisão do ex-presidente Lula seria um indicativo disso. “Se você fosse o Lula, aceitaria passivamente ir para a cadeia se não tivesse um plano B no bolso? O plano é a fraude eleitoral”, acusou.

O presidenciável também questionou a recente subida de Fernando Haddad nas pesquisas de intenção de voto. “Eu, que sou muito bem quisto no Rio de Janeiro, transfiro só 20% dos votos para os meus filhos. É um absurdo o que está acontecendo”, disse. “O Haddad é um poste do Lula. Se ele ganhar as eleições, o Lula vai ter indulto e virar ministro”, continuou. “A disputa é Jair Bolsonaro democrata contra o PT da venezuelização.”

Atrito com Mourão

Na reta final da campanha, Jair Bolsonaro confirmou que teve um atrito com o vice de sua chapa, General Mourão, após uma fala dele contra o 13º salário. O presidenciável afirmou que ordenou que Mourão não fale mais publicamente até o fim da campanha. “Falei para ele ficar quieto, realmente atrapalhou. O vice não apita nada, mas atrapalha muito. Não pegou bem, determinei que ele não falasse mais nada”, disse.

Apesar do atrito, Bolsonaro defendeu que a fala do seu vice foi mal interpretada. “Ele quis comparar a remuneração com outros países, ele não quis acabar [com o 13º salário]. No governo Lula, o Jacques Wagner defendeu o fim do 13º salário enquanto ministro do trabalho”, afirmou.

O candidato também falou sobre outra polêmica recente, a reportagem da Veja sobre o processo movido por sua ex-esposa, Ana Cristina Valle. No processo, ela afirma que o ex-deputado roubou joias dela de um cofre. “Em uma separação é comum ter problemas, cotoveladas de ambas as partes. Ela diz claramente que de sangue quente fala-se coisas que não existem“, disse. “Ela mesmo desmente muita coisa, está dizendo que não aconteceu”, continuou.

Jair Bolsonaro segue internado após ser vítima de uma facada no último dia 6. O candidato afirmou que recebeu recomendações médicas de não sair de casa até o próximo dia 10 e confirmou que fará campanha na rua se for para o segundo turno. “Pretendo participar, mas não tão exposto ao público, com mais segurança”, confirmou.

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