PF conclui inquérito e diz que agressor de Bolsonaro agiu sozinho
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre o ataque à faca ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) nesta sexta-feira (28). De acordo com o documento, divulgado durante a tarde pelo portal G1, Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho no atentado e teve motivação “indubitavelmente política”.
“No que tange à participação ou coautoria no local do evento, a partir de evidência colhidas, descarta-se o envolvimento de terceiros”, diz o texto. Adélio foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.
Para chegar à conclusão, a PF verificou mais de 250 gigabytes de informações em mídias, incluindo dados de celulares e do notebook do suspeito, e cerca de 600 documentos. Teve acesso ainda a mais de 6 mil mensagens instantâneas e 1.060 e-mails.
Neles foram encontradas, por exemplo, fotos dos locais em que Bolsonaro estaria em Juiz de Fora. Para a PF, ficou evidenciado, então, que o acusado “esteve acompanhando o presidenciável durante todo o dia, tendo tido, inclusive, acesso ao hotel em que estava programado um almoço com empresários”.
“Configuram-se, portanto, indubitavelmente, indícios robustos de que houve uma decisão prévia, reflexiva e arquitetada, por parte de Adélio Bispo de Oliveira para atentar contra a vida do candidato”, completa.
Este é o primeiro inquérito sobre o caso. Um segundo já foi aberto para seguir analisando os dados obtidos e dar continuidade às apurações.
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