Sentimento é que ampla maioria do PSD deseja aliança com Alckmin, diz Kassab
“O meu sentimento é que a ampla maioria do partido deseja a aliança com o (ex) governador Geraldo Alckmin”, disse o ministro, durante entrevista à imprensa. “Vamos concluir no início de julho essas consultas para, aí sim, caminharmos para um posicionamento”, complementou.
Questionado se há uma preocupação do partido com a viabilidade da candidatura de Alckmin, que está distante das primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, Kassab minimizou a situação.
“Não tenho preocupação com pesquisa. A cada eleição no Brasil temos diversos casos como este, em que um candidato que não estava numa posição favorável num primeiro momento, depois, com o início da campanha, houve crescimento e a vitória aconteceu”, rebateu Kassab, citando seu próprio exemplo na disputa pela prefeitura de São Paulo em, 2008, quando tinha apenas 3% da preferência do eleitorado durante a pré-campanha.
O ministro se reuniu nesta segunda-feira (18) com a direção da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), quando fez um balanço da sua gestão à frente da pasta da Ciência, Tecnologia, Inovação e Telecomunicações, além de análises sobre a conjuntura das eleições.
No encontro, os membros da associação incentivaram a formação de uma aliança de centro – preferencialmente com Alckmin – evitando um potencial segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT), nomes de direita e esquerda, respectivamente.
“Bolsonaro e Ciro Gomes são propostas radicais que não atendem o que precisa o Brasil”, afirmou Kassab durante a reunião. Para fazer frente ao avanço dessas candidaturas, o ministro defendeu a necessidade de composição de coligações nos Estados com o objetivo de fortalecer uma candidatura do candidato de centro. “Tempo de TV, participação ativa nas redes sociais e composições em todos os principais Estados. Não conseguiremos ser bem sucedidos sem isso”, apontou.
Kassab ainda citou como exemplo o apoio do PSD a João Doria (PSDB) na disputa pelo governo paulista, que também terá suporte do DEM. “Em 15 meses de prefeitura ele (Doria) mostrou que tem liderança e capacidade administrativa. Mas não é fácil ganhar uma eleição”, afirmou, referindo-se à necessidade de formar a coligação entre os partidos.
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