Doria sobre Marcio França: ‘Eu sou verde e amarelo, ele é vermelho’

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2018 10h10 - Atualizado em 27/10/2018 13h59
Paulo Lopes/Estadão Conteúdo João Doria foi entrevistado pelo Jornal da Manhã deste sábado (27)

Na véspera da eleição, o candidato ao governo de São Paulo João Doria (PSDB) reforçou o discurso de que seu adversário no segundo turno, Marcio França (PSB), representa a esquerda. “Eu sou verde e amarelo, ele é vermelho, defensor do PT e das esquerdas”, disse, em entrevista ao Jornal da Manhã deste sábado (27).

Doria afirmou que a principal diferença dele para França é ideológica: “Eu sou de centro-direita, ele é de esquerda”, disse. “Eu penso moderno, ele pensa de forma antiga”, continuou o ex-prefeito, afirmando que o candidato do PSB está há 30 anos fazendo carreira na política e lembrando que ele foi contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e a favor de um terceiro mandato de Lula (PT) em 2010.

Apoiador de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidencial, Doria assegurou que seu governo não terá espaço para a esquerda. “Chega de esquerda, socialistas, comunistas, petistas e outros vigaristas”, disse. “O trilho do atraso se deve aos partidos da esquerda, e precisamos tirar o Brasil do atraso.”

Ele ainda citou que Marcio França tem o apoio do MST e do MTST. “Não quero essa gente ao nosso lado”, disse, prometendo que invasores serão tratados como criminosos e punidos “com o rigor da lei”.

Fake news

O tucano também comentou sobre fake news na campanha e cobrou medidas duras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Daqui a dois anos tem eleição de novo, imagina como vai ser. Só vai faltar metralhadora nas ruas para assassinar os candidatos, de resto, já teve tudo”, disse. Ele ainda acusou França, que herdou o governo de São Paulo após a saída de Geraldo Alckmin (PSDB) para concorrer à Presidência, de usar a máquina pública para fazer campanha.

Sobre o vídeo de orgia que circulou nas redes sociais, Doria reforçou que as imagens são falsas e disparou sobre a autoria do conteúdo: “Quem teria interesse em fazer um vídeo fake a essa altura?”, questionou. “Mas é um tiro no pé, está nos ajudando”, disse.

O tucano ainda afirmou ter sido muito machucado durante a campanha. “O atacado nessa história fui eu”, disse. “Fui massacrado por 30 dias nesse segundo turno”, continuou, dizendo ter sido continuamente agredido pela campanha de seu adversário. Mas, apesar disso, ele garantiu que manterá o diálogo com França no futuro. “Tenho grandeza, sei perdoar, não faço política nem relacionamento pelo ódio.”

Governo Bolsonaro

Confiante na eleição de Bolsonaro, Doria prometeu que, se eleito, São Paulo dará estabilidade política e econômica ao futuro presidente. “Nós vamos colocar São Paulo a favor do Brasil”, disse. “Eu não tenho dúvida de que os partidos de esquerda vão transformar o governo Bolsonaro num inferno permanente”, afirmou.

Ele seguirá a política econômica de Paulo Guedes, guru do capitão reformado. “O pensamento moderno é desestatizante, estado menor e mais eficiente”, explicou. “Por que vamos seguir o atraso de Cuba, da Venezuela, se podemos seguir os Estados Unidos, a Alemanha e países desenvolvidos?”, disse.

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