5 razões para mostrar que novo “Os Trapalhões” será politicamente correto
A TV Globo divulgou a primeira imagem da nova versão de “Os Trapalhões” na manhã desta terça-feira (27), com Lucas Veloso, Bruno Gissoni, Mumuzinho e Gui Santana interpretando versões inspiradas nos personagens originais da icônica série humorística, que ainda contará com o retorno de Didi (Renato Aragão) e Dedé Santana.
O retorno da atração levanta muitas questões sobre como ela será abordada numa sociedade completamente diferente de quando fez sucesso na televisão, nas décadas de 1970, 1980 e 1990.
“Os Trapalhões” sempre foi conhecido por ter um tipo de humor nada politicamente correto, utilizando-se de brincadeiras com temáticas que hoje não cairiam bem pela luta contra preconceito racial, sexual e regional.
Essas piadas foram o que garantiram o sucesso do show, numa época em que não haviam tantas discussões sobre direitos e com uma sociedade menos ativa, muito devido à falta das facilidades de comunicação que há atualmente.
A Jovem Pan separou cinco pontos para mostrar que o humorístico não será mais o mesmo que foi no passado. Confira abaixo:
Alcoolismo
Mussum era conhecido por ser viciado em bebidas e por muitas vezes aparecia bêbado nos episódios de “Os Trapalhões”. Na época, o problema do personagem era tratado de uma forma engraçada. Hoje em dia provavelmente encararia uma barreira por conta do grande número de acidentes automobilísticos e pessoais envolvendo alcoólatras.
Racismo
Didi e Mussum sempre se tratavam com palavras que hoje em dia não seriam aceitas no novo show. Dificilmente será permitido chamar o personagem de crioulo, negão, urubu, frango de macumba como Didi fazia antigamente.
Nordeste
Se Mussum era tratado com palavras vistas como racistas, o personagem devolvia as “ofensas” para Didi buscando “ofender” as suas origens nordestinas. O protagonista era chamado por diversas vezes como cabeça chata e cabeça de passar roupa e até usando a palavra “nordestino” de forma pejorativa.
Homofobia
Piadas sobre a sexualidade de Dedé era algo muito comum nos episódios de “Os Trapalhões”. O personagem chegou até a apanhar dos amigos quando estava quase confessando ser gay. Não espere ver piadas sobre homossexualismo presentes na nova versão do programa.
Machismo
“Os Trapalhões” não tinha mulheres em seu elenco e quando recebia participações especiais de atrizes, elas eram tratadas como objetos de conquista. A sociedade de hoje em dia não aceitaria ver a mulher ser tratada de forma tão objetificada.
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