“A Entrevista” arrecada quase US$ 1 milhão em sua estreia nos EUA
Washington, 26 dez (EFE).- O filme “A Entrevista”, uma comédia sobre um complô americano para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-un, e que pode ter motivado o ataque cibernético sofrido pela Sony, arrecadou quase US$ 1 milhão em sua estreia no dia do Natal em 300 cinemas independentes dos Estados Unidos.
“A reação do público foi fantástica”, declarou em comunicado divulgado nesta sexta-feira pela revista “Variety” o presidente de distribuição em nível global da Sony Pictures Entertainment, Rory Bruer.
Bruer ressaltou as circunstâncias “incrivelmente difíceis” nas quais o filme estreou, “em menos de 10%” das salas previstas inicialmente, e ressaltou que a arrecadação nos 300 cinemas independentes que o projetaram ontem somou quase US$ 1 milhão.
De acordo com a “Variety”, o filme está também no topo do ranking de vendas em plataformas digitais como Google Play e YouTube Movies.
Segundo informa a emissora “CNN”, durante o dia do Natal houve pelo menos 750.000 downloads ilegais do filme, protagonizado por Seth Rogen e James Franco.
No último dia 24 de novembro, a Sony Pictures sofreu um ataque cibernético que o governo dos EUA atribui à Coreia do Norte e que teria sido justamente uma resposta ao lançamento de “A Entrevista”.
Um grupo chamado “Guardiães da Paz” assumiu o ataque, advertiu que semearia o terror nos cinemas que exibissem o filme e comparou seu plano com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Depois que as principais salas de cinema do país se recusaram a exibir o filme por temor a sofrer um ato terrorista, a Sony anunciou no último dia 17 de dezembro o cancelamento da estreia, prevista para 25 de dezembro.
No entanto, vários cinemas independentes, como o Plaza Theater de Atlanta e o Alamo Drafthouse em Dallas, se ofereceram para projetar o filme no Natal e a Sony decidiu autorizar a estreia nessas salas e em outras que se somaram depois em todo o país.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou nesta terça-feira a decisão da Sony de autorizar a exibição do filme, após ter qualificado alguns dias antes de “um erro” o cancelamento de sua estreia. EFE
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