“Acham que se você não está na TV, não está em lugar nenhum”, diz Mel Lisboa

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2016 11h47

Atriz participou do Morning Show nesta quarta-feira (30)

Rafael Souto / Jovem Pan “Se você não está na TV

Com apenas 19 anos, Mel Lisboa já despontava como um dos novos e promissores rostos da dramaturgia. Com um papel forte e sensual no seriado “Presença de Anita” (2001), a atriz contracenava com o veterano José Mayer e caiu no gosto do público.

“Foi um trabalho que eu me joguei, fui de cabeça. Não tinha a menor consciência do tamanho, da proporção que isso ia tomar, da sensualidade e de como isso ia chegar às pessoas. Minha grande preocupação era com a interpretação, em fazer bem o papel. Parei tudo para viver isso e até hoje as pessoas se lembram, em como marcou”, contou em entrevista ao Morning Show nesta quarta-feira (30).

Depois do trabalho ela fez outras três novelas na Globo, três na Record, filmes nacionais e passou a se dedicar cada vez mais ao teatro.

“Minha carreira foi para um lugar diferente do esperado e que eu curto muito, me sinto bem com o que eu faço. Tem gente que trabalha a vida inteira e nunca faz um trabalho que tenha aquela aceitação que eu tive de cara. As pessoas tendem a achar que o sucesso de um ator está ligando somente à televisão, não importa o que você faz fora disso. Se você não está na TV, não está em lugar nenhum”.

Com 15 anos de experiência, ela ressalta que ainda aprende muitas coisas e amadurece a cada dia, prezando pela liberdade. “Estou sem contrato por escolha minha, quis ser independente de emissora, não quero ser atriz de nenhuma emissora, quero ser de todas e poder fazer o que eu curto. Acho que o maior exercício do ator é o teatro, seja em ensaio ou temporada, a leitura ajuda, observar tudo a seu redor, transitar em meios diferentes e observar as pessoas porque elas são o seu material de trabalho”.

Espetáculo

Já há dois anos em cartaz com “Rita Lee Mora Ao Lado”, a atriz chega novamente com a peça em São Paulo, onde estreia em 2 de abril e fica até o dia 24.

“Ela pega a vida da Rita de um modo geral, para dar uma pincelada, em quem é esta pessoa, de onde ela vem, os pais, a infância. Eu tive que estudar muito, cheguei em um momento que eu penso: eu quero ser a Rita Lee. Odiava a minha voz, achava que nunca ia cantar na vida e quando me chamaram achei louco, insano, mas era um desafio tão bacana, tão importante para mim”, derreteu-se.

E a personagem real, obviamente, não perdeu a oportunidade em assistir à trama e foi só elogios ao trabalho do elenco. “Não sabia que ela estava lá, todo mundo me protegeu, porque eu ficaria muito nervosa. Aliás, eu já estava, porque o Ney [Matogrosso] também estava na plateia. Quando estava agradecendo, olhei e ela estava lá, comecei a chorar e só parei uns três dias depois. Foi muito maluco, quando ela veio falar comigo, eu nem registrava as coisas. É muito fod* você fazer um papel, estudar a pessoa, que é tão importante, tão icônica e ela ir lá te assistir”.

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