Águia de Ouro é campeã do Grupo de Acesso

  • Por Agência Brasil
  • 13/02/2018 21h03
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ALICE VERGUEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO Águia de Ouro destacou a cultura árabe em seu enredo e retornará ao Grupo Especial em 2019

A Águia de Ouro é a campeão do Grupo de Acesso do Carnaval de São Paulo neste ano e sobe, portanto, para o Grupo Especial no desfile de 2019. A escola desfilou na madrugada de segunda-feira (12) e levou para a avenida a influência da cultura árabe. A escola Colorado do Brás foi a vice-campeã e também sobe para o Grupo Especial no ano que vem.

“Nós voltamos para o nosso lugar, reestruturados, com uma nova leitura da nossa escola e eu tenho certeza que, para o ano que vem, nós vamos dar um pouquinho de trabalho ao Grupo Especial”, disse o Mestre Juca, que lidera a bateria da Águia de Ouro. “Trabalhamos o ano inteiro, desde abril ensaiando de domingo de manhã e à tarde. Não é brincadeira não. A comunidade se uniu em prol da Águia de Ouro e é isso aí que aconteceu”, acrescentou.

A apuração das notas começou às 19h desta terça-feira (13), no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista, logo depois da apuração das notas do Grupo Especial, do qual saiu vitoriosa a Acadêmicos do Tatuapé.

A Águia de Ouro transformou o Anhembi em um grande mercado árabe, com o enredo Mercadores de sonhos. A escola falou da tradição milenar do comércio entre os povos do deserto em um clima de mil e uma noites. O desfile destacou também os alimentos e temperos típicos dos grandes mercados, tecidos, perfumes e produtos religiosos. Uma ala, por exemplo, exalou cheiro de cravo e pimenta.

A escola também destacou as técnicas de negociação e a pechincha, associadas ao povo árabe, bem como os jogos de sedução do comércio que transformam um sonho em realidade. O enredo se estendeu ainda à influência árabe na cultura brasileira.

História

A Águia de Ouro surgiu na Pompeia, bairro de uma das zonas nobres da capital e distante das regiões que tradicionalmente acolhem as escolas de samba paulistanas. Atualmente, está instalada em uma grande quadra na Marginal do Tietê. A agremiação foi fundada em 1976 a partir de um time de futebol de várzea, o Faísca de Ouro.

Em 1984, chegou ao Grupo Especial. Teve um período de subidas e descidas, mas a partir de 1999 firmou-se e disputou 18 de 19 carnavais na elite, até ser rebaixada em 2017. Seu melhor período foi no início desta década, quando obteve dois terceiros lugares e um quarto de 2013 a 2015.

As escolas rebaixadas do Grupo Especial e que, no ano que vem, desfilarão pelo Grupo de Acesso são a Unidos do Peruche e a Independente Tricolor, que ficaram na última e penúltima colocação do Especial.

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