Anac investiga Portela por uso de drones e paraquedistas durante desfile
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu dois processos administrativos nesta sexta-feira para apurar o uso de drones e a participação de paraquedistas durante o desfile da Portela no Sambódromo do Rio de Janeiro.
Na apresentação, a Portela lançou mão de vários elementos tecnológicos para surpreender o público, entre eles drones em forma de águias e de bolas de futebol, além de um grupo de quatro paraquedistas, que chegou ao Sambódromo a partir de um avião logo no início do espetáculo. De acordo com o órgão regulador, a escola de samba usou cerca 400 veículos aéreos não tripulados.
Os drones sobrevoaram carros alegóricos e cerca de 4 mil dançarinos, e se aproximaram das arquibancadas do Sambódromo, que contavam com um público de mais de 72 mil pessoas.
A Anac ressaltou que é proibida a operação de drones “sem o certificado de autorização de voo experimental” e especialmente “em áreas densamente povoadas”. A Portela terá que dar explicações sobre a operação dos aparelhos e está sujeita a ações de responsabilidade civil e penal.
De forma paralela, o órgão abriu outro processo para esclarecer as condições nas quais estavam os quatro paraquedistas que aterrissaram no Sambódromo. A Anac ressaltou que o lançamento de paraquedistas é exclusivo de empresas de táxi aéreo ou de operadores vinculados a clubes esportivos, caso no qual o saltador não pode ser remunerado.
A Portela voltará a participar no próximo sábado no Desfile das Campeãs.
A apuração da Anac acontece depois que o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro anunciou a abertura de uma investigação contra a Beija-Flor, para determinar se recebeu financiamento do governo de Guiné Equatorial para seu desfile, algo negado pelas autoridades do país africano.
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