Andreja Pejic é a primeira modelo transgênero perfilada pela Vogue americana

  • Por Jovem Pan
  • 21/04/2015 19h29

Após cirurgia Reprodução/Instagram Andreja Pejic é a primeira modelo transgênero perfilada pela Vogue americana

Andreja Pejic, modelo australiana de etnia bósnia, será a primeira mulher transgênero a ser perfilada pela edição americana da revista ‘Vogue’, do mês de maio. Ela passou pela cirurgia para mudança de sexo em 2014 e vem filmando um documentário sobre sua história. Até a operação, Pejic dizia que “vivia entre gêneros”.

Na entrevista para a publicação, a modelo falou sobre as dificuldades enfrentadas por causa da transição de gênero. “A sociedade não te diz que você pode ser trans”, desabafou a triz, falando sobre a angústia que sentia na infância. “Pensei em ser gay, mas não encaixava… Então pensei, ‘talvez fantasia sobre viver como uma garota é só algo que você gosta de imaginar às vezes. Tente ser um menino e tente ser normal’”, contou Andreja.

Ela ainda contou que havia quem a aconselhasse a não passar pelo procedimento para que não afetasse sua carreira como modelo. Desfilando tanto como homem e como mulher para grandes estilistas, a exemplo de Marc Jacobs, Jeremy Scott e Jean Paul Gaultier. “Existem montes de garotas bonitas por aí”, falavam para ela, tentando convencê-la a ‘não perder seu diferencial’.

Além de ser a primeira modelo transgênero a ser perfilada para Vogue, Andreja também será a primeira a protagonizar uma grande campanha de produtos de beleza, para a ‘Make Up For Ever’ (mais tarde neste ano), o que foi outro ponto abordado pela entrevista.  

Em sua conta no Instagram, Andreja Pejic postou uma das fotos tirada para a revista e escreveu uma legenda muito grata por todas as boas oportunidades. “Se no começo da minha carreira de modelo, no meio, ou até mesmo na parte deste último ano, que eu protagonizaria quatro páginas da VOGUE AMERICANA eu diria ‘duvido, isso talvez ainda seja difícil em um futuro próximo’. Na verdade, fui dita várias vezes que as chances disso acontecer eram mínimas para nenhuma”, escreveu a modelo.

Adreja também agradeceu à editora chefe da publicação, Anna Wintour,  ao fotógrafo Patrick Demarchelier e à agente Helena Suric pela oportunidade. “Obrigada por fazerem história e me tendo como parte disso, mas, mais importante, por representar todo uma minoria social e comumente esquecida comunidade de mulheres por uma publicação tão importante, abrindo portas para que o resto da indústria da moda faça o mesmo”, encerrou.

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